PEC de Rodrigo Pacheco prevê reajustes de 5% a cada cinco anos para juízes, procuradores e defensores públicos e poderia causar um rombo de até R$ 81 bilhões nas contas públicas
Pesquisa realizada
pela Genial/Quaest e divulgada pelo jornal O Globo neste sábado (11) trouxe à
tona a rejeição massiva dos brasileiros em relação à Proposta de Emenda
Constitucional do Quinquênio, que prevê aumentos salariais para carreiras
jurídicas. Segundo o levantamento inédito, 76% dos entrevistados se posicionaram
contrários à proposta, enquanto apenas 13% expressaram apoio à medida. Ainda,
11% dos participantes optaram por não responder ou indicaram não saber sobre o
assunto.
O estudo revela que a aversão à PEC é generalizada, com
três em cada quatro entrevistados se posicionando contra a medida. Aprofundando
a análise, os pesquisadores notaram uma tendência curiosa no recorte por renda:
os respondentes de renda mais baixa demonstraram ser mais favoráveis à proposta
do que aqueles de renda mais alta. Entre os entrevistados que recebem até dois
salários mínimos, 17% expressaram apoio à PEC, comparados a 9% entre os que
ganham mais de cinco salários. Por sua vez, aqueles que têm uma renda
intermediária, de dois a cinco salários mínimos, registraram uma taxa de apoio
de 12%.
Outro dado relevante revelado pela pesquisa é a diferença de
opinião entre os eleitores do presidente Lula (PT) e de Jair Bolsonaro (PL) no
segundo turno das eleições de 2022: 17% dos entrevistados que votaram em Lula
demonstraram apoio à proposta, enquanto 70% se mostraram contrários. Por outro
lado, entre os eleitores de Bolsonaro, 9% manifestaram apoio à medida, com 86%
sendo contrários.
A PEC do Quinquênio foi apresentada e explicada durante as
entrevistas pelos profissionais da Quaest. O formulário lido aos entrevistados
mencionava que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), havia pautado
o projeto, destacando o bônus de 5% a cada cinco anos. A pesquisa, que ouviu
2.045 pessoas entre os dias 2 e 5 de maio, possui uma margem de erro estimada
de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos, com um nível de confiança de
95%.
Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo
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