sábado, 11 de maio de 2024

Quaest: 76% dos brasileiros rejeitam a PEC do Quinquênio

 

PEC de Rodrigo Pacheco prevê reajustes de 5% a cada cinco anos para juízes, procuradores e defensores públicos e poderia causar um rombo de até R$ 81 bilhões nas contas públicas

Rodrigo Pacheco
Rodrigo Pacheco (Foto: Pedro França/Agência Senado)

 Pesquisa realizada pela Genial/Quaest e divulgada pelo jornal O Globo neste sábado (11) trouxe à tona a rejeição massiva dos brasileiros em relação à Proposta de Emenda Constitucional do Quinquênio, que prevê aumentos salariais para carreiras jurídicas. Segundo o levantamento inédito, 76% dos entrevistados se posicionaram contrários à proposta, enquanto apenas 13% expressaram apoio à medida. Ainda, 11% dos participantes optaram por não responder ou indicaram não saber sobre o assunto.

O estudo revela que a aversão à PEC é generalizada, com três em cada quatro entrevistados se posicionando contra a medida. Aprofundando a análise, os pesquisadores notaram uma tendência curiosa no recorte por renda: os respondentes de renda mais baixa demonstraram ser mais favoráveis à proposta do que aqueles de renda mais alta. Entre os entrevistados que recebem até dois salários mínimos, 17% expressaram apoio à PEC, comparados a 9% entre os que ganham mais de cinco salários. Por sua vez, aqueles que têm uma renda intermediária, de dois a cinco salários mínimos, registraram uma taxa de apoio de 12%.

Outro dado relevante revelado pela pesquisa é a diferença de opinião entre os eleitores do presidente Lula (PT) e de Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno das eleições de 2022: 17% dos entrevistados que votaram em Lula demonstraram apoio à proposta, enquanto 70% se mostraram contrários. Por outro lado, entre os eleitores de Bolsonaro, 9% manifestaram apoio à medida, com 86% sendo contrários.

A PEC do Quinquênio foi apresentada e explicada durante as entrevistas pelos profissionais da Quaest. O formulário lido aos entrevistados mencionava que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), havia pautado o projeto, destacando o bônus de 5% a cada cinco anos. A pesquisa, que ouviu 2.045 pessoas entre os dias 2 e 5 de maio, possui uma margem de erro estimada de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos, com um nível de confiança de 95%.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

 

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