A proposta do fundo foi apresentada pelas bancadas do PT e do PCdoB, em reunião com o governador Eduardo Leite duas semanas atrás
Por Guilherme Zanini, para o 247 - Em sessão plenária realizada na terça-feira (21), os deputados e
deputadas estaduais do Rio Grande do Sul aprovaram por 52x2 a criação de um
plano de reconstrução do RS. Batizada de Plano Rio Grande, a proposta prevê
ações preventivas quanto à questão climática. No entanto, o destaque principal
vai para a criação de um fundo para onde irão os recursos destinados à
reconstrução do estado, após a maior catástrofe climática do Rio Grande do Sul.
A proposta do fundo foi apresentada pelas bancadas do PT e
do PCdoB, em reunião com o governador Eduardo Leite duas semanas atrás. A ideia
apresentada pelos parlamentares de esquerda consiste em um fundo financeiro
único, que permite maior fiscalização e controle do que entrar no caixa do
governo do Rio Grande do Sul.
Após a reunião com o governador, o deputado estadual Adão Pretto
Filho, do PT, disse que a proposta parte de um pressuposto de que é um momento
de união em prol do povo gaúcho e que o papel da bancada do Partido dos
Trabalhadores é de fazer uma oposição crítica, porém propositiva.
“Estamos abertos ao diálogo e propomos o que achamos
justo. O governo do presidente Lula está fazendo um dos maiores investimentos
da história para reconstruir o Rio Grande do Sul. O correto é que o dinheiro
que chegar ao estado seja gerenciado de forma transparente”, comentou Pretto.
O Governo Federal vai suspender a dívida do Rio Grande do Sul
pelos próximos três anos para que o valor que seria usado no pagamento das
parcelas seja utilizado na reconstrução do estado. Ao longo de 36 meses, essa
quantia ficará em torno de 11 bilhões de reais e deve ser realocada no fundo
provado pelos deputados.
Os únicos votos contrários à proposta na sessão da
Assembleia Legislativa, que ocorreu por videoconferência, foram dos deputados
do PSOL Matheus Gomes e Luciana Genro. Eles haviam proposto que o fundo fosse
permanente, prevendo que novos eventos climáticos pudessem ocorrer no futuro,
proposta essa que não foi incluída no texto final, que será sancionado pelo
governador.
Fonte: Brasil 247
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