Mesmo com atuação forte do governo federal, tragédia é usada como munição política contra o presidente Lula
O presidente Lula (PT) é o
principal alvo de notícias falsas e desinformação que circulam em grupos de
Telegram e WhatsApp durante as enchentes que atingem o Rio Grande do Sul. A
constatação foi feita em um levantamento da Palver, divulgado pela Folha de São
Paulo.
O estudo concluiu que as menções ao presidente superaram
as postagens pedindo doações às vítimas da tragédia. Publicações de figuras da
oposição, como o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o deputado Eduardo
Bolsonaro (PL-SP), que sequer foram ao Rio Grande do Sul, estão sendo
compartilhadas como forma de prejudicar a imagem do governo.
Entre os conteúdos mais encaminhados nos grupos durante a
tragédia estão os vídeos com notícias falsas publicados pelo coach Pablo
Marçal, que afirmou que caminhões com ajuda teriam sido barrados pela
Secretaria da Fazenda do Rio Grande do Sul. Em resposta, a Secretaria de
Comunicação da Presidência da República (Secom) pediu providências ao
Ministério da Justiça para apuração de "ilícitos ou eventuais crimes
relacionados à disseminação de desinformação". A medida fez com que o
governo fosse novamente criticado por uma “ação ditatorial” e foi explorada por
grupos de extrema direita.
Outra notícia falsa, propagada pela própria Folha de S. Paulo, que circulou nas redes sociais foi a
suposta informação de que o governo federal teria dispensado ajuda do governo
uruguaio no resgate às vítimas no Rio Grande do Sul. Em nota, a Secom desmentiu
a fake news, afirmando que aceitou o empréstimo de um helicóptero e sua
tripulação, recusando apenas uma aeronave que, por questões técnicas, não se
enquadrava nas necessidades de resgate.
O ministro-chefe da Secom, Paulo Pimenta (PT), precisou
desmentir diversas informações falsas em suas redes sociais. A última delas
envolveu o prefeito de Farroupilha, Fabiano Feltrin, que publicou um vídeo
editado de uma conversa telefônica com o ministro, em que ele cobra
investimentos do governo Lula.
Nesta quinta-feira (9), o governo federal anunciou um
pacote de medidas que causarão um impacto de quase R$51 bilhões à economia do
Rio Grande do Sul. No total, são doze medidas que irão beneficiar diretamente a
população do estado, incluindo o pagamento antecipado de Bolsa Família, Auxílio
Gás e Benefício de Prestação Continuada (BPC), abono salarial e restituição do
imposto de renda.
Para as empresas, o governo anunciou medidas como concessão de
garantias de crédito no Fundo Garantidor de Operações para o Programa Nacional
de Apoio a Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, e a prorrogação, por no
mínimo três meses, dos prazos de recolhimento de tributos federais e Simples
Nacional.
Já para estados e municípios, o governo Lula garantiu R$
200 milhões para aporte em fundos de estruturação de projetos dos bancos
públicos, a fim de apoiar a reconstrução de infraestrutura, e R$1,8 bilhão em
operações de crédito.
Fonte: Brasil 247
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