Acusação é baseada nos depoimentos de funcionários e empresários detidos anteriormente em um caso de corrupção na empresa estatal de petróleo PDVSA
Sputnik - O Ministério
Público da Venezuela emitirá novos mandados de prisão e pedidos de extradição
para os políticos da oposição venezuelana Leopoldo Lopez e Julio Borges, que
estão vivendo no exterior, após revelações de que eles roubaram mais de US$ 1
bilhão em petróleo, disse o procurador-geral venezuelano Tarek William Saab.
"As entregas... são avaliadas em mais de US$ 1
bilhão... O envio mínimo era de dois milhões de barris por navio, com um valor
estimado entre US$ 120 milhões e US$ 140 milhões, dependendo do preço de
mercado... Devido às novas revelações, os promotores do caso solicitarão um
novo mandado de prisão para Leopoldo Lopez e Julio Borges, assim como um novo
pedido de extradição", afirmou Saab em uma aparição televisiva na emissora
venezuelana VTV nesta quinta-feira (2).
A promotoria do estado venezuelano, baseada nos depoimentos de
funcionários e empresários detidos anteriormente em um caso de corrupção na
empresa estatal de petróleo PDVSA, recebeu informações de que Lopez e Borges,
que são fugitivos da justiça venezuelana na Colômbia e na Espanha, foram
beneficiários do roubo de petróleo bruto. Segundo os depoimentos, pelo menos
oito navios de petróleo bruto foram roubados com a ajuda de dois contratados da
PDVSA.
Como parte do caso de corrupção na PDVSA, 54 pessoas já
foram detidas, incluindo o ex-vice-presidente venezuelano e ex-ministro do
Petróleo, Tareck El Aissami, e o ex-ministro da Economia, Finanças e Comércio
Exterior Alejandro Serpa. O caso de um grupo de funcionários que estava
distribuindo manualmente cargas de petróleo bruto, coque e óleo combustível
para indivíduos e a Superintendência Nacional de Criptoativos sem supervisão
administrativa tornou-se uma investigação de conspiração política após os depoimentos.
Os depoimentos revelaram que El Aissami e seus supostos cúmplices estavam em
contato com extremistas da oposição fugitivos e oficiais dos Estados Unidos por
anos, recebendo instruções para desestabilizar a economia do país.
Fonte: Brasil 247 com Sputnik
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