“Depois de incentivar a especulação por causa da revisão da meta fiscal, agora ele reclama que o desemprego ficou menor do que o mercado gostaria”, pontuou a presidente do PT
A presidente nacional
do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), usou as redes sociais para
criticar as declarações do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto,
sobre ser uma "grande surpresa" a indicação de pleno emprego no
Brasil e que isso poderá resultar no aumento da inflação.
"Lá vem o bolsonarista Campos Neto ameaçando o país
de novo com sua grande obra: a maior taxa de juros do planeta. Depois de
incentivar a especulação por causa da revisão da meta fiscal, agora ele reclama
que o desemprego ficou menor do que o mercado gostaria. Para o presidente do
BC, a perspectiva de pleno emprego é uma ameaça à sua missão de sabotar o
crescimento do Brasil. É escandaloso que isto tenha sido notícia justamente no
Dia do Trabalhador", postou Gleisi no X, antigo Twitter.
A afirmação de Campos Netto foi dada à CNN Brasil. "O BC adora
quando temos um regime de emprego pleno, quando todo mundo que está procurando
trabalho encontra, que é nossa situação atual, que melhorou muito e foi uma
grande surpresa. Outros países também passaram por isso, mas o Brasil foi uma
grande surpresa", disse o presidente do Banco Central na entrevista
exibida na quarta-feira (1). “A preocupação vem quando as empresas não
conseguem contratar, e você tem que começar a subir o salário. Se você sobe o
salário para o mesmo nível de produção, isso significa que você está iniciando
um processo inflacionário. Então, a preocupação vem daí”, completou.
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), a taxa de desemprego no primeiro trimestre de 2024 ficou em
7,9% - menor já registrada para um trimestre encerrado em março desde 2014 -,
representando um aumento de 0,5 ponto percentual em relação ao trimestre
anterior, quando o indicador estava em 7,4%.
Nesta quinta-feira (2), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deverá se reunir com Campos, no gabinete do ministério em São Paulo, para discutir as tendências econômicas do Brasil.
Fonte: Brasil 247
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