quinta-feira, 9 de maio de 2024

PL faz pesquisa picareta e mostra empate entre Michelle e Lula na disputa pela Presidência

 

Lula e Michelle Bolsonaro. Foto: reprodução

O PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, conduziu uma nova pesquisa para avaliar o potencial de Michelle Bolsonaro e Tarcísio de Freitas em uma eventual disputa presidencial contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), conforme informações da colunista Bela Megale, do Globo.

O levantamento, realizado pela Paraná Pesquisas, instituto frequentemente utilizado pelo ex-capitão, revelou que a ex-primeira-dama está empatada tecnicamente com Lula em um eventual segundo turno, ficando dois pontos atrás do petista.

Por outro lado, o governador de São Paulo apresenta uma distância maior em relação ao atual chefe do Executivo. Ele aparece com cinco pontos percentuais a menos nas intenções de voto em um hipotético segundo turno.

Apesar de 2026 estar distante, o PL avalia que Tarcísio seria o candidato mais forte contra Lula. No entanto, membros da legenda acreditam que ainda há muitas incertezas no cenário político futuro, já que Bolsonaro ainda acredita que irá recuperar sua elegibilidade.

Paraná Pesquisas

Não é de hoje que Bolsonaro vem fazendo acordos com o Instituto Paraná de Pesquisas e Análises de Consumidor, conhecido como “Paraná Pesquisas” e que está atrelado a uma série de esquemas.

Em 2022, dois meses depois de fechar contrato com o governo federal no valor de R$ 1,6 milhão para prestação de serviços de pesquisa, o Paraná Pesquisas publicou uma pesquisa eleitoral na qual Bolsonaro aparece em empate técnico com Lula: 41,4% para Lula e 35,3% para Bolsonaro quando estimulada, e 28,3% para Lula e 27,3% para Bolsonaro na resposta espontânea.

A divulgação, naquela época, chamou a atenção pelo tamanho da discrepância com a tendência apontada pelos demais institutos nos últimos dias e, mais especialmente, com o Datafolha. Na ocasião, o Datafolha revelou uma apuração na qual Lula estaria com 21 pontos à frente do atual presidente (48% a 27%), o que asseguraria uma vitória no primeiro turno.

Contrato assinado com o Paraná de Pesquisas. Foto: reprodução

Sem mencionar o acordo naquela época entre o governo e o instituto, os deputados da base bolsonarista e influenciadores digitais elogiaram a instituição paranaense, levando o nome para os principais assuntos do dia nas redes sociais naquela altura do campeonato.

O contrato com o Paraná Pesquisas, no entanto, era parte de um gasto maior em pesquisas por parte da gestão bolsonarista. Em pleno ano eleitoral, o governo federal gastou, através do Ministério das Comunicações, R$ 13,5 milhões para contratar duas empresas de pesquisas qualitativas e quantitativas.

Sócio do instituto já foi denunciado por lavagem de dinheiro e associação criminosa por pesquisas simuladas

Em 2020, o Ministério Público Federal de São Paulo (MPF-SP) denunciou Murilo Hidalgo Lopes de Oliveira, sócio do Instituto Paraná Pesquisas, por lavagem de dinheiro e associação criminosa em um caso envolvendo políticos e uma indústria farmacêutica.

Segundo a acusação, Murilo Hidalgo teria celebrado um contrato “ideologicamente falso” com o grupo Hypermarcas. Pelo acordo, o instituto simulava uma pesquisa para a farmacêutica, possibilitando assim a emissão de uma nota fiscal e posteriormente, em uma operação triangular, o repasse de propina ao deputado Paulo Roberto Bauer.

Dois contratos foram assinados pelo instituto na ocasião, totalizando R$ 750.000,00 (setecentos e cinquenta mil reais).

Pesquisa fake

Em 2022, um levantamento fake, que apontava o então presidente Jair Bolsonaro (PL) liderando a corrida eleitoral para presidente em todos os estados, foi atribuído ao instituto Paraná Pesquisas. A informação falsa divulgada na época dizia que o instituto havia feito uma pesquisa eleitoral ouvindo 25 mil pessoas no dia 13 de janeiro daquele ano. Tudo mentira.

Fonte: DCM

Nenhum comentário:

Postar um comentário