quinta-feira, 16 de maio de 2024

PGR se manifesta contra libertação do delegado Rivaldo Barbosa, acusado de envolvimento no caso Marielle

 Gonet argumentou contra a revogação da prisão preventiva de Rivaldo, destacando seu suposto papel no planejamento do crime e suas tentativas de obstruir as investigações

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, manifestou oposição à libertação do delegado Rivaldo Barbosa, acusado de envolvimento no planejamento do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.


Gonet argumentou contra a revogação da prisão preventiva de Rivaldo, destacando seu suposto papel no planejamento do crime e suas tentativas de obstruir as investigações.


Rivaldo ocupava o cargo de chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro em 2018, quando os assassinatos ocorreram. Ele foi detido em 24 de março, junto com o deputado federal Chiquinho Brazão (União Brasil) e o conselheiro do TCE-RJ Domingos Brazão, após decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.


Além disso, Gonet apontou que Rivaldo “tem vínculos ilícitos com os principais milicianos e contraventores do Rio de Janeiro”. Ele expressou preocupação de que a libertação de Rivaldo, combinada com seu poder econômico e conexões com redes criminosas locais, possa prejudicar a aplicação da lei e comprometer o processo criminal. A decisão sobre a solicitação da defesa caberá a Moraes, apesar da manifestação da PGR.


A Polícia Federal afirmou que o delegado teria recebido R$ 400 mil para obstruir as investigações. Rivaldo foi promovido a delegado chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro um dia antes do assassinato de Marielle.


O advogado de Rivaldo Barbosa, Marcelo Ferreira, afirmou que seu cliente “não representa qualquer ameaça à ordem pública” e confia na justiça do STF para restabelecer sua dignidade.


Na semana passada, uma denúncia foi apresentada contra o delegado e os irmãos Brazão. A PGR também denunciou o PM Ronald Paulo Alves Ferreira, conhecido como major Ronald, apontado como ex-chefe da milícia da Muzema, na zona Oeste do Rio.


A PGR argumentou que Marielle era vista como um obstáculo, e seu assassinato seria um exemplo. Os irmãos Brazão teriam ordenado o crime devido às mudanças provocadas pela vereadora na votação de propostas relacionadas à regularização de terrenos em áreas de milícias na capital fluminense, assunto de interesse deles. O assassinato dela também serviria para desencorajar outros opositores.


Hoje, o Conselho de Ética da Câmara dos Deputados aprovou a abertura de um processo que pode levar à cassação de Chiquinho Brazão, com 16 votos a favor e 1 contrário. A representação solicitava a abertura do processo de cassação.


Segundo a PF, apesar de não ter concebido o crime, Rivaldo foi responsável por garantir a impunidade, conforme afirmou o ex-policial Ronnie Lessa em sua delação premiada.


Fonte: Agenda do Poder com informações do UOL.

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