HD apreendido continha documentos relacionados à colaboração premiada do ex-PM Elcio Queiroz, motorista do carro usado nos assassinatos de Marielle Franco e de seu motorista
A Polícia Federal
(PF) encontrou, em um HD externo apreendido na residência do conselheiro do
Tribunal de Contas do Rio de Janeiro Domingos Inácio Brazão, arquivos contendo
delações premiadas que o implicam nos assassinatos da vereadora Marielle Franco
(Psol-RJ) e do motorista Anderson Gomes. Brazão foi preso, juntamente com o
irmão e deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), e é apontado pela
Procuradoria-Geral da República (PGR) como um dos mandantes do crime.
Segundo a coluna da jornalista Malu Gaspar, do jornal O Globo, o
relatório complementar sobre o caso Marielle foi entregue ao ministro do
Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, relator do caso na Corte,
na última quinta-feira (23). Ainda conforme a reportagem, “a PF identificou, no
caso de uma das delações, ‘atos tendentes à criação de obstáculos à
investigação ou à incolumidade de investigadores e terceiros’.
O HD encontrado pela PF continha os termos de declaração das
delações sigilosas do ex-presidente do TCE (Tribunal de Contas do Estado) Jonas
Lopes Filho e de seu filho, Jonas Lopes Neto. Os depoimentos implicaram Brazão
em um esquema de corrupção que levou à Operação Quinto do Ouro, desdobramento
da Lava-Jato no Rio e são considerados uma das bases que fundamentaram o pedido
de prisão de Brazão.
O HD apreendido também continha documentos relacionados à
colaboração premiada do ex-policial militar Elcio Queiroz, que confessou ter
dirigido o carro usado nos assassinatos de Marielle Franco e de seu motorista,
Anderson Gomes, em março de 2018. Queiroz implicou os irmão Brazão e o ex-chefe
da Polícia Civil Rivaldo Barbosa como sendo responsáveis por encomendar o
assassinato da parlamentar.
Fonte: Brasil 247 com informações da coluna da jornalista Malu Gaspar, do jornal O Globo
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