Magda Chambriard foi indicada pelo governo para a presidência da estatal. Companhia também destituiu CFO
(Reuters) - O conselho de
administração da Petrobras nomeou nesta quarta-feira (15) Clarice Coppetti como
presidente interina da companhia após aprovar o encerramento antecipado do
mandato de Jean Paul Prates, segundo fato relevante.
Coppetti, diretora executiva de Assuntos Corporativos da
companhia, ficará provisoriamente no posto até a eleição e posse da nova
presidente, a ex-diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e
Biocombustíveis, Magda Chambriard, que foi indicada na véspera pelo governo
para o cargo.
O comunicado da Petrobras não deu um prazo para a mudança ser
efetivada.
A Reuters publicou mais cedo que Coppetti era a mais
cotada para a posição de forma interina.
A alteração no comando da empresa foi mal recebida por
investidores, que temem aumento da ingerência política na empresa, assim como
redução no pagamento de dividendos. Com as ações despencando nesta
quarta-feira, a Petrobras chegou a perder quase 50 bilhões de reais em valor de
mercado nesta quarta-feira.
O conselho também nomeou como CFO interino da companhia
Carlos Rechelo Neto, atual gerente executivo de finanças, após destituir Sergio
Caetano Leite, executivo de confiança de Prates.
Rechelo Neto ficará no cargo até a eleição do novo diretor
financeiro pelo conselho.
Prates disse nesta quarta-feira, ao sair da sede da
empresa, que está deixando a petroleira em uma condição melhor do que recebeu a
companhia quando tomou posse como CEO no início de 2023.
Em entrevista a jornalistas na porta da sede da Petrobras, no
centro do Rio de Janeiro, Prates disse que a empresa está com uma política de
preços ajeitada e a reindustrialização encaminhada nas áreas de refino,
fertilizantes e na indústria naval.
A mudança na Petrobras vem após Prates ter ficado ameaçado
de demissão em algumas oportunidades, na mais recente delas depois de um embate
público com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, sobre os
dividendos extraordinários.
Prates também sofreu críticas e pressões
públicas para que a Petrobras investisse mais em gás natural e acelerasse
investimentos de interesse do governo, como o setor de fertilizantes e
indústria naval.
Fonte: Brasil 247 com Reuters
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