A avaliação do trabalho do STF entre os
deputados é majoritariamente negativa: 40% acham o desempenho ruim; 34% avaliam
positivamente, e 21% consideram o trabalho regular
Uma pesquisa da Quaest, divulgada neste domingo (26), revelou que
72% dos deputados federais defendem a limitação das decisões monocráticas dos
ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). A Câmara dos Deputados está
analisando uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) com esse objetivo,
aprovada pelo Senado no ano passado.
Além dos 72% que apoiam a limitação das decisões individuais
do STF, 15% se opõem à medida, 7% não têm opinião formada, e 6% não souberam ou
não responderam, informa Guilherme Amado, do Metrópoles. A pesquisa também classificou os deputados em
grupos: governo, independentes e oposição, mostrando que a maioria dos
parlamentares, inclusive entre os governistas, apoia a restrição.
No grupo de apoio ao governo, 56% dos deputados são
favoráveis à limitação dessas decisões, enquanto 29% são contra, 12% são
neutros, e 3% não souberam ou não responderam. Entre os deputados de oposição
ao governo Lula, 85% apoiam a iniciativa, com apenas 3% discordando e 12% sem
resposta.
Em novembro do ano passado, o Senado aprovou a PEC que
limita as decisões monocráticas dos ministros do STF, com 52 votos a favor e 18
contra. Essas decisões individuais têm o poder de suspender leis aprovadas pelo
Congresso ou decretos do Executivo. Agora, a PEC está em análise na Câmara. Se
aprovada, seguirá para sanção presidencial.
De modo geral, a avaliação do trabalho do STF entre os
deputados é majoritariamente negativa. Para 40% dos parlamentares, o desempenho
do Supremo é ruim. Já 34% avaliam positivamente, enquanto 21% consideram o
trabalho regular e 5% não souberam ou não responderam. Entre os deputados
governistas, 69% têm uma avaliação positiva do STF. Em contraste, na oposição,
74% têm uma avaliação negativa.
A pesquisa Quaest, encomendada pela Genial Investimentos,
foi realizada por meio de entrevistas presenciais com 183 deputados, entre 29
de abril e 20 de maio. A margem de erro é de 4,8 pontos percentuais.
Fonte: Agenda do Poder com informações do Metrópoles
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