Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco reuniu-se com o ministro Alexandre de Moraes e outros membros do TSE, buscando persuadi-los a absolver Moro
O ex-juiz suspeito e
senador Sergio Moro (União Brasil-PR) enfrenta um processo no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com
início marcado para esta quinta-feira, que pode resultar na perda de seu
mandato. Antes do início do julgamento, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco
(PSD-MG), reuniu-se com o ministro Alexandre de Moraes e outros membros do TSE,
buscando persuadi-los a absolver Moro. Pacheco destacou a necessidade de
respeitar a escolha dos eleitores e alertou para possíveis atritos entre o
Legislativo e o Judiciário caso Moro seja cassado, segundo reportagem do
jornal O Globo.
A ação contra Moro, movida pelo PT e PL, alega abuso de
poder econômico durante a campanha de 2022. Os partidos afirmam que Moro se
beneficiou ao anunciar sua pré-candidatura à Presidência antes do período
oficial de campanha e ao gastar mais do que o permitido em sua corrida ao
Senado. Moro foi inocentado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR)
no mês passado, mas a decisão foi contestada e levada ao TSE.
Dentro do TSE, há a possibilidade de que o julgamento de Moro
seja postergado, similar ao caso do senador Jorge Seif (PL-SC), cujo julgamento
foi adiado para a realização de novas diligências. O relator do processo de
Moro é o ministro Floriano de Azevedo Marques.
A defesa de Moro sustenta que os gastos durante a
pré-campanha foram baixos e que a legislação vigente possui lacunas referentes
à pré-campanha. Em um parecer recente, o Ministério Público Eleitoral (MPE)
recomendou a absolvição de Moro, argumentando que não houve desvio de recursos
nem simulação de candidatura à Presidência para favorecer sua campanha ao
Senado. O vice-procurador-geral eleitoral, Alexandre Espinosa, estimou que os
gastos de Moro foram de R$ 424.778,01, valor abaixo dos 10% do limite de gastos
para a campanha ao Senado no Paraná.
O desfecho do julgamento pode depender do
voto da ministra Cármen Lúcia, que assumirá a presidência do TSE em breve.
Espera-se que os ministros se dividam, o que pode tornar seu voto decisivo. No
TRE-PR, Moro foi absolvido por uma maioria de 5 a 2, com os votos pela cassação
vindos de desembargadores nomeados pelo presidente Lula.
Fonte: Brasil 247 com reportagem do jornal O Globo
Nenhum comentário:
Postar um comentário