Presidente celebra retomada do
crescimento, reforça papel da equipe, valoriza desoneração da cesta básica e
critica desoneração "para quem não tem compromisso com emprego"
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou neste 1º de Maio que
voltou à Presidência da República à sombra de uma “disputa”: a de encerrar a
atual gestão melhor do que terminou seus dois mandatos anteriores (2003-2010).
“Voltei para provar à elite que o metalúrgico vai consertar os estragos que
eles fizeram”, afirmou.
Lula encerrou, por volta das 14h15, o ato
do Dia do Trabalhador organizado de maneira unificada pela oito maiores
centrais sindicais do país:
·
Central Única dos Trabalhadores (CUT)
·
Força Sindical
·
União Geral dos Trabalhadores (UGT)
·
Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB)
·
Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST)
·
Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB)
·
Intersindical Central da Classe Trabalhadora
·
Pública Central do Servidor
Durante o ato, oradores que o antecederam
celebraram a volta do diálogo do poder central do país com o movimento
sindical. E citaram diversas ações retomadas ou iniciadas com o objetivo de
promover atenção aos mais pobres, distribuição de renda e inclusão social.
Entre elas a retomada do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), Minha
Casa Minha Vida, Bolsa Família, Mais Médicos, Farmácia Popular.
Antes de discursar, Lula sancionou a lei
que altera a tabela do Imposto de Renda. Desse modo, oficializou que
salários até R$ 2.842 (dois salários mínimos) estarão isentos. Além disso,
reiterou o compromisso de que até o final do governo a isenção alcançará faixas
de renda até R$ 5 mil.
O presidente assinou também o Decreto de Promulgação da Convenção e Recomendação sobre o Trabalho Decente para as Trabalhadoras e os Trabalhadores Domésticos.
Lula comemorou o crescimento dos empregos
formais. Mas ponderou que as pessoas que quiserem empreender e ter seu próprio
negócio como autônomas terão atenção do governo, tanto na política de crédito
como no apoio à formalização para que possam assegurar sua aposentadoria no
futuro.
Ao destacar a retomada da produção e dos
investimentos industriais, o presidente citou a cifra de R$ 129 bilhões que o
setor automotivo pretende injetar no país nos próximos anos. E disse que “Deus
foi generoso comigo” ao colocar ao seu lado o ministro do Desenvolvimento,
Indústria e Comércio, o vice-presidente Geraldo Alckmin, a quem atribuiu um
grande trabalho.
Trabalho de
equipe
O ministro da Secretaria de Comunicação da
Presidência, Paulo Pimenta, também foi chamado e elogiado pela criação da plataforma
ComunicaBR. A ferramenta possibilita a qualquer cidadão ter acesso a
informações de obras, investimentos e ações do Governo Federal em qualquer
cidade do país.
Alexandra Padilha, titular da pasta das
Relações Institucionais, teve mais uma vez seu papel enaltecido por Lula. Alvo
constante de críticas por meio da imprensa e de opositores, Padilha é o
responsável pelo diálogo do Executivo com o Legislativo. “O problema é que ele
é criticado pelas coisas boas que faz ao país, e não por coisas ruins”, disse.
E observou que o campo progressista elegeu
apenas cerca de 140 dos 513 deputados, mas que isso fez o Executivo voltar a
conversar para fazer alianças – “aprendemos a conversar em vez de se odiar”. E
que, desse modo, não teve nenhum projeto rejeitado pelo Congresso. Lembrou que
pela vez numa democracia conseguiu-se aprovar uma reforma tributária que
corrigirá injustiças.
Lula disse que todos os produtos da cesta
básica serão desonerados de tributação. Mas aproveitou o assunto para mandar um
recado ao Congresso. “Não haverá desoneração para quem só quer ganhar, sem ter
compromisso com investir e gerar empregos.”
Banco de
terras
O ministro do Desenvolvimento Agrário e
Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, foi outro integrante da equipe saudado
pelo levantamento de um “banco de terras da União” que será oferecido a
assentamentos da reforma agrária (Programa Terra da Gente). Lula brincou ainda
que diante essa prateleira de terras os movimentos de trabalhadores rurais não
precisarão mais fazer ocupações.
Filho do goleiro Barbosinha, lembrou Lula,
que defendeu o Corinthians nos anos 1960, o ministro dos Direitos Humanos e da
Cidadania, Silvio Almeida, também foi citado seu "excelente trabalho”.
Assim como as ministras Cida Gonçalves (Mulheres) e Anielle Franco (Igualdade
Racial). Além deles, o presidente aproveitou a presença do ministro do Esporte,
André Fufuca para destacar que a maioria dos competidores da delegação
brasileira que trouxer medalhas dos Jogos de Paris 2024 tem apoio do programa
Bolsa Atleta – “não, é Fufuquinha?”
Por fim, o chefe do Executivo, que preside
a reunião do G20 no Brasil este ano, informou, citando o ministro da Secretaria
Geral, Márcio Macêdo, que o país inovará no encontro das 20 maiores economias
do mundo. “Vamos inovar com a inclusão da pauta social.”
Antes do discurso presidencial, o ministro
do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, único da equipe a falar no palco do 1º de
Maio, já havia reiterado a retomada do desempenho da economia. E enfatizou um
dos principais objetivos do governo, que é fazer "pegar" a lei que
prevê a igualdade salarial entre homens e mulheres. Marinho cobrou empresas que
dificultam acesso a informações que retratem ambientes de desigualdade.
Fonte: Agência
Gov
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