Ministro da Agricultura diz que não é mais possível negligenciar a questão ambiental
Nos últimos anos, o
Rio Grande do Sul enfrentou três períodos de seca e três enchentes em um curto
intervalo. Segundo o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, isso demonstra a
reação da natureza às ações humanas, conforme ele mencionou em entrevista à
coluna Vaivém das Commodities, da Folha de S. Paulo.
Fávaro afirmou que a frequência desses eventos climáticos
reforça a realidade das crises ambientais, eliminando a possibilidade de
negação. Ele enfatizou que o clima é crucial para os produtores agrícolas. O
ministro também relembrou os desafios da década de 1980, quando a falta de
financiamento e a infraestrutura inadequada no Centro-Oeste dificultavam a vida
dos agricultores. Hoje, Fávaro acredita que o Brasil pode aumentar sua
participação no mercado global de alimentos substituindo pastagens degradadas por
áreas de cultivo de grãos.
Como senador licenciado, Fávaro destacou que, ao retornar ao
Senado, pretende continuar atento às questões atuais. Ele destacou a urgência
de agir para mitigar as mudanças climáticas e melhorar a produtividade agrícola
com boas práticas de manejo do solo. Ele ressaltou a importância de preservar o
meio ambiente e mencionou que as divergências com o Ministério do Meio Ambiente
são resolvidas pela Advocacia-Geral da União (AGU).
Comentando sobre a evolução da agricultura no Brasil,
Fávaro atribuiu grande parte do progresso à Embrapa e às políticas públicas.
Ele identificou a logística como um dos principais desafios futuros e afirmou
que a liderança do Brasil no mercado internacional é sólida, com potencial de
expansão sem necessidade de novos desmatamentos.
O ministro também discutiu a relevância do
acordo Mercosul-União Europeia e a exploração de novos mercados no Sul Global,
apesar das possíveis barreiras comerciais. Ele concluiu falando sobre os
desafios logísticos e a necessidade de investimentos em infraestrutura para
acomodar o crescimento contínuo da produção agrícola no Brasil.
Fonte: Brasil 247 com entrevista à coluna Vaivém das Commodities, da Folha de S. Paulo
Nenhum comentário:
Postar um comentário