Mais de 20 milhões deixaram situação de fome em 2023, diz Padilha
Agência Brasil - O ministro das Relações Institucionais, Alexandre
Padilha, atribuiu à valorização do salário mínimo e do Bolsa Família a saída de
mais de 20 milhões de pessoas da situação de fome no ano de 2023. O número de
pessoas com insegurança alimentar e nutricional grave no Brasil recuou de 33,1
milhões em 2022 para 8,7 milhões em 2023, passando de 15,5% da população para
4,1%, uma queda de 11,4 pontos percentuais.
“O presidente Lula voltou a colocar o combate à fome como
prioridade absoluta de seu governo. Isso reflete em políticas concretas como o
aumento do salário mínimo, do Bolsa Família e dos recursos para alimentação
escolar, que há seis anos não tinha reajuste, a criação do programa federal das
cozinhas solidárias. São políticas que voltam a partir da aprovação no
Congresso Nacional”, disse Padilha. O ministro participou, nesta sexta-feira
(24), da reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável,
conhecido como Conselhão, que promoveu o evento Diálogos sobre Estratégias de
Combate à Fome no Brasil, no Rio de Janeiro.
Padilha informou que, no início de junho, haverá reunião entre
os grupos de trabalho do Conselhão de combate à fome e da reforma tributária na
Câmara dos Deputados. O objetivo será discutir como a regulamentação da reforma
tributária pode ajudar ainda mais no combate à insegurança alimentar.
“Foi um avanço muito importante na reforma tributária
colocar a criação da cesta básica nacional, a isenção de impostos para a cesta
básica nacional e agora na regulamentação, a gente pode incentivar ainda mais o
combate à fome, a alimentação saudável, a agricultura familiar. Você tem um
incentivo tributário também”, disse o ministro.
A secretária extraordinária de Combate à Pobreza e à Fome do
Ministério do Desenvolvimento Social, Valéria Burity, disse que, dos 8,7
milhões de pessoas que passam fome, 7 milhões estão em áreas urbanas. “A gente
associa essa queda a uma política econômica que gera emprego, reduz
desigualdade, controla a inflação e as políticas sociais, novo Bolsa Família,
valorização do salário mínimo.”
Segundo Valéria, a meta é sair do Mapa da Fome até 2030.
“A fome é mais prevalente no Norte e no Nordeste. Está mais presente em
domicílios chefiados por mulheres negras com crianças e adolescentes. Seis
estados concentram mais de 60% dos domicílios em insegurança alimentar grave, o
que nos ajuda a direcionar as políticas públicas”.
O Conselhão é responsável pelo
assessoramento do presidente da República na formulação de políticas e
diretrizes destinadas ao desenvolvimento econômico social sustentável. Além de
elaborar indicações normativas, propostas políticas e acordos de procedimento,
o conselho aprecia propostas de políticas públicas voltadas ao desenvolvimento
econômico social sustentável, e articula as relações do governo federal com os
representantes da sociedade civil, e aos mais diversos setores que estão
representados no colegiado.
Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil
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