Economistas ajustaram ligeiramente para baixo sua expectativa de alta do IPCA neste ano, a 3,72%, ante 3,73% na semana anterior.
Reuters - Economistas
consultados pelo Banco Central passaram a ver juros mais altos ao final de
2024, com as projeções agora embutindo corte de apenas 0,25 ponto percentual na
Selic no encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) desta semana.
O levantamento
semanal Focus, que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos,
mostrou que os economistas elevaram para 10,50% sua estimativa para o patamar
dos juros ao final de maio, interrompendo sequência de 38 semanas em 10,25%.
O BC encerrará sua
reunião de política monetária de dois dias na quarta-feira, dia 8 de maio, num
cenário de incertezas renovadas que levou o presidente do BC, Roberto Campos
Neto, a abrir as portas em abril para o Copom reduzir o ritmo de cortes na Selic,
atualmente em 10,75%, apesar de sua orientação futura mais recente ter indicado
manutenção do ritmo de 0,50 ponto.
Probabilidades
implícitas em contratos futuros de juros mostram quase 90% de chance de o BC
cortar a Selic em apenas 0,25 ponto percentual nesta semana.
Já economistas
consultados em pesquisa da Reuters ficaram mais divididos quanto ao ritmo de
afrouxamento monetário do Banco Central na próxima semana, com a maioria agora
acreditando numa desaceleração para 0,25 ponto, embora parcela expressiva
aposte na manutenção do passo de 0,50 ponto.
A expectativa mediana
no boletim Focus para o nível da Selic ao final deste ano subiu a 9,63%, de
9,50% na semana anterior. Para 2025, o prognóstico segue em 9,00%.
Em relação à
inflação, os economistas sondados ajustaram ligeiramente para baixo sua
expectativa de alta do IPCA neste ano, a 3,72%, de 3,73% na semana anterior.
Para 2025, no entanto, a projeção de inflação subiu a 3,64%, de 3,60% antes.
O centro da meta
oficial para a inflação em 2024, 2025 e 2026 é de 3,00%, sempre com margem de
tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.
A previsão de
crescimento econômico deste ano avançou tímidos 0,03 ponto percentual, a 2,05%,
enquanto a estimativa para 2025 ficou inalterada em 2,00%.
Fonte: Brasil 247
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