Condenado pela morte da filha, Alexandre Nardoni continuará cumprindo pena de 31 anos em regime aberto após deixar a prisão
Após decisão controversa da
Justiça de São Paulo, que concedeu liberdade ao condenado pelo assassinato da
própria filha, Isabella Nardoni, a mãe da vítima, Ana Carolina Oliveira, não
poupou críticas à determinação judicial, classificando-a como "um
absurdo". Alexandre Nardoni deverá cumprir o restante de sua pena, que
totaliza 31 anos de prisão, em regime aberto.
De acordo com
reportagem do jornal O Globo, Ana Carolina expressou sua profunda
decepção com a decisão judicial: "Minha filha não vai voltar, e ele está
em total liberdade de fazer o que quiser, de continuar a vida, de estar aí
pelas ruas, assim como eu, assim como você. Então, é doloroso para quem é da
família, é triste, é lamentável ver que a nossa Justiça permite que isso
aconteça."
A mãe enlutada também
lamentou a possibilidade de se deparar com Alexandre ou a ex-madrasta de
Isabella, Anna Carolina Jatobá, nas ruas, já que ambos estão agora em regime
aberto. "Saber que posso andar na rua e posso encontrar com ela, saber que
a pessoa que matou a minha filha está aí, livre. E a minha filha nunca vai
voltar. Nunca vou ter esse privilégio de poder ir à formatura dela",
desabafou.
Durante a entrevista,
Ana Carolina questionou as disposições legais que permitem a progressão de
regime e defendeu veementemente que os condenados pela morte de Isabella
deveriam cumprir a totalidade da sentença em regime fechado. "Lamentável,
um absurdo. Acho que hoje o mínimo que a gente tem que fazer, que é a minha
luta, que é o que penso e idealizo, é você pegou uma pena, precisa cumpri-la,
pelo menos o período que você foi condenado", afirmou.
A decisão judicial de
conceder a progressão para o regime aberto foi embasada na boa conduta de
Nardoni na prisão, conforme afirmou o juiz José Loureiro Sobrinho. Segundo o
magistrado, o réu cumpriu mais da metade da pena, além de ter usufruído das
saídas temporárias do regime semiaberto, sempre retornando à unidade prisional
conforme estabelecido desde 2019.
Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo
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