Com isso, a representação brasileira em Israel
fica sem um ministro de primeira classe
O governo brasileiro oficializou a remoção de seu embaixador de
Israel, informa o colunista Igor Gadelha, do portal Metrópoles. Frederico Meyer, que havia retornado a Tel
Aviv no último dia 24 depois de três meses no Brasil, vai assumir o cargo de
representante especial do país junto à Conferência do Desarmamento, em Genebra,
na Suíça.
A tendência da remoção de Meyer havia sido noticiada na
terça-feira da semana passada (28/5). A volta dele a Tel Aviv teria sido
exatamente para organizar a mudança.
Assim, a representação brasileira em Israel fica sem um
ministro de primeira classe. De acordo com fontes do Palácio do Planalto, tudo
indica que Lula deixe a embaixada de Tel Aviv com um diplomata com nível
hierárquico menor. Por enquanto, o comando fica com o encarregado de negócios
no país, o ministro conselheiro Fábio Farias.
Este é um gesto diplomático enfático do governo Lula. Desde
o início dos bombardeios de Israel à Faixa de Gaza — após ataque do grupo
militante Hamas a seu território em 7 de outubro passado — o petista tem
criticado a postura dos israelenses. A ofensiva na Palestina tem atingido
muitos civis, pricipalmente mulheres e crianças, e já deixou mais de 35 mil
mortos em 7 meses.
O clima ficou ainda pior depois da reprimenda do governo
israelense feita a Meyer em público. Isso aconteceu depois das declarações de
Lula comparando o genocídio cometido por Israel em Gaza com as ações de Hitler
contra os judeus durante o nazismo.
A ida de Meyer para a Suíça não precisa da aprovação do
Senado, como acontece quando um diplomata assume uma embaixada.
Fonte: Agenda do Poder com informações do Metrópoles
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