“Nós vamos colocar quantos homens forem
necessários para ajudar. Não há limite de pessoas para a gente mandar”, disse o
presidente. Estado sofre com efeitos de fortes chuvas.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva desembarcou, na manhã desta
quinta (2/4), em Santa Maria (RS), para acompanhar a situação dos municípios
gaúchos atingidos por chuvas intensas, alagamentos, inundações, enxurradas e
vendavais de grande intensidade. Lula terá uma reunião de trabalho com o
governador do estado, Eduardo Leite.
Na comitiva com o presidente estão os ministros Rui Costa
(Casa Civil), Renan Filho (Transportes), Waldez Góes (Integração e
Desenvolvimento Regional), Jader Filho (Cidades) e Paulo Pimenta (Secretaria de
Comunicação), além do comandante do Exército, general Tomás Paiva, e do chefe
do gabinete do Comandante da Aeronáutica, Major-Brigadeiro do Ar Antonio Luiz
Godoy Soares.
“Nós
vamos colocar quantos homens forem necessários para ajudar. Não há limite de
pessoas para a gente mandar”, disse Lula. “Que Deus dê sorte ao povo do Rio
Grande do Sul e que a chuva diminua”, afirmou o presidente, em conversa
telefônica com Eduardo Leite na quarta-feira (1/5).
AUXÍLIO - Desde o início
da crise, o Governo Federal se mobilizou, via Defesa Civil Nacional e
Ministério da Defesa, no socorro emergencial. O apoio operacional das Forças
Armadas tem auxiliado as ações de busca e resgate de vítimas e a desobstrução
de estradas, além de distribuição de alimentos, colchões, água e a montagem de
postos de triagem e abrigos.
Duas aeronaves da Força Aérea Brasileira já operam na
região e outras duas do Exército se deslocaram. O Ministério da Defesa
solicitou outras oito. Segundo números atualizados nesta quinta, o efetivo das
Forças Armadas foi ampliado de 335 para 626 militares. A pasta já forneceu 45
viaturas e 12 embarcações.
“Falei
com os ministérios da Integração, da Defesa e com o ministro Paulo Pimenta e,
no que for necessário, o Governo Federal irá se somar aos esforços estaduais e
das prefeituras para atravessarmos e superarmos mais esse momento difícil”,
escreveu o presidente Lula em seu perfil no X (antigo Twitter).
Também integram a comitiva federal no Rio Grande do Sul
nesta quinta o secretário nacional de Proteção e Defesa Civil, Wolnei Wolff
Barreiros; o diretor-executivo do Departamento Nacional de Infraestrutura de
Transportes (DNIT), Carlos Antônio Rocha de Barros; e o presidente da Companhia
Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto.
CALAMIDADE - O governador do
Rio Grande do Sul decretou estado de calamidade pública nesta quarta-feira
(1/5), em face dos estragos causados pelos eventos climáticos. As aulas na rede
estadual estão suspensas até domingo. Até o início da manhã desta quinta, os
números divulgados pelo governo gaúcho registravam 13 mortes, 5.257 pessoas
desalojadas, 3.079 em abrigos e 134 municípios atingidos.
OCORRÊNCIAS – O estado já
registrou ocorrências geohidrológicas, principalmente inundações e alagamentos,
além de relatos de pessoas ilhadas em vários municípios. A usina hidrelétrica
de Dona Francisca entrou em nível de emergência e todos os acessos às usinas e
barragens de Castro Alves, Monte Claro e 14 de Julho foram interrompidos.
DEFESA CIVIL – Nesta quarta,
uma reunião do Sistema Federal de Proteção e Defesa Civil foi realizada com
agências federais para discutir as novas condições meteorológicas, o trabalho
das equipes em campo e outras ações de resposta ao desastre. Participaram da
reunião representantes do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), do Centro
Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), da Agência
Nacional de Águas e Saneamento Básico (Ana), Ministério da Saúde, Ministério do
Desenvolvimento Social, defesas civis municipais, entre outras agências.
Técnicos do Grupo de Apoio a Desastres (Gade), da Defesa
Civil Nacional, também foram enviados para atuar nos locais mais atingidos pela
chuva. “A equipe do Grupo de Apoio a Desastres trabalha em conjunto com as
defesas civis municipais e estadual para acelerar os processos de solicitação e
liberação de recursos federais para ações de socorro e assistência humanitária.
Neste primeiro momento, o foco é agilizar o reconhecimento federal de situação
de emergência ou estado de calamidade pública dos municípios”, explica o
coordenador-geral de Monitoramento e Alerta da Defesa Civil Nacional, Tiago
Molina Schnorr.
Por: Planalto
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