Apesar do aumento no déficit projetado, a nova estimativa ainda está dentro da meta fiscal para o ano
O governo federal revisou a projeção de déficit nas contas públicas para 2024, elevando a estimativa para R$ 14,5 bilhões, o que corresponde a 0,1% do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro. A previsão anterior, divulgada em março, apontava um déficit de R$ 9,3 bilhões. As informações foram publicadas nesta quarta-feira (22) no Relatório Bimestral de Receitas e Despesas, elaborado pelo Ministério do Planejamento e Orçamento.
Meta Fiscal e Tolerância
Apesar do aumento no déficit projetado, a nova estimativa ainda está dentro da meta fiscal para o ano. O governo tem como objetivo equilibrar as despesas e receitas em 2024, visando um déficit zero. No entanto, o marco fiscal permite uma margem de tolerância de 0,25 ponto percentual do PIB para o saldo primário, o que em valores nominais significa que o governo pode gastar até R$ 28,8 bilhões a mais que as receitas.
Aumento nas despesas
O principal motivo para a piora da projeção é o aumento de R$ 20,1 bilhões nas despesas obrigatórias, que passaram de R$ 2,175 trilhões para R$ 2,182 trilhões. A Previdência Social, por exemplo, teve sua estimativa de gastos revisada para cima, passando de R$ 914,2 bilhões para R$ 917,8 bilhões, um aumento de R$ 3,6 bilhões.
Receita e outras despesas
O Ministério do Planejamento e Orçamento também destacou que a receita do governo federal deve aumentar em R$ 16 bilhões. Por outro lado, as despesas discricionárias, que não são obrigatórias, tiveram um aumento estimado de R$ 1,8 bilhões em relação ao primeiro bimestre. As despesas com pessoal e encargos devem ser ligeiramente menores, passando de R$ 374,6 bilhões para R$ 372,8 bilhões.
Impacto da tragédia climática
As chuvas intensas que atingiram o Rio Grande do Sul também contribuíram para o cenário econômico adverso. A tragédia deixou 162 mortos, conforme o último boletim da Defesa Civil, com 75 pessoas ainda desaparecidas. Cerca de 2,3 milhões de pessoas em 467 municípios foram afetadas, com 581 mil desalojadas e 68 mil em abrigos.
Fonte: Agenda do Poder com informações de Poder 360
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