Objetivo seria auxiliar na compra de eletrodomésticos de maior necessidade, como geladeira e fogão. O valor e o público-alvo da medida ainda não foram definidos
O governo Lula (PT)
debate a implementação de um sistema de vouchers para auxiliar as famílias
afetadas pela recente tragédia das enchentes no estado do Rio Grande do Sul. A
proposta visa possibilitar que essas famílias possam substituir móveis e
eletrodomésticos perdidos durante o desastre, segundo a Folha de S. Paulo. O valor e a abrangência
desse auxílio estão atualmente em discussão, sendo que uma reunião entre
representantes do Ministério da Fazenda e do Palácio do Planalto está agendada
para a próxima segunda-feira (13), para tratar do assunto.
De acordo com especialistas do governo, a ideia principal
é conceder um pagamento único por família, visando facilitar a aquisição de
itens essenciais, como geladeira, fogão, entre outros, que foram danificados ou
levados pelas águas das enchentes. Inicialmente, havia a intenção da equipe
econômica de lançar uma linha de crédito para esse fim. Contudo, considerações
técnicas levantaram a possibilidade de que o modelo de vouchers possa ser mais
economicamente viável. Essa decisão se baseia na análise de que, mesmo que haja
recursos para subsidiar os financiamentos, o custo de operacionalização seria
significativo, especialmente considerando o risco de crédito envolvido, dado o
impacto da tragédia nas finanças e no patrimônio das famílias afetadas. Ao
invés de subsidiar os juros cobrados pelas instituições financeiras para
viabilizar os financiamentos, parte do governo considera mais adequado realizar
o pagamento direto aos beneficiários.
A viabilidade e o custo desse programa estarão diretamente
relacionados ao número de famílias contempladas, uma variável sujeita a
incertezas. No entanto, dados do Cadastro Único de programas sociais indicam
que há 938,3 mil famílias de baixa renda no Rio Grande do Sul, das quais 628,9
mil estão em situação de pobreza. Dada a complexidade da situação, a avaliação
preliminar sugere a necessidade de estabelecer um novo cadastro, mais
abrangente que o do Bolsa Família, para identificar os beneficiários. Isso implicaria
em uma colaboração entre o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social,
a Caixa Econômica Federal e as prefeituras.
Entre os desafios destacados está a necessidade de evitar
a fragmentação artificial de famílias em busca de maiores benefícios, assim
como garantir a capacidade operacional para montar o cadastro, especialmente
considerando as dificuldades enfrentadas em regiões ainda alagadas.
O presidente Lula prometeu na
quinta-feira (9) anunciar novas ações voltadas para as famílias gaúchas na
próxima terça-feira (14).
Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo
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