Laura Richardson, que participa de exercícios militares no Rio de Janeiro, defende que o Brasil não integre a Rota da Seta
Durante sua estadia
no Brasil para exercícios militares conjuntos entre a Marinha dos EUA e a
Marinha brasileira, a general americana de quatro estrelas, Laura Richardson,
aproveitou para defender uma aproximação estratégica entre Brasil e Estados
Unidos, enquanto alertava sobre os supostos riscos representados pela crescente
influência da China na América Latina.Em uma entrevista
ao Valor, Richardson ressaltou a longa história de relações bilaterais entre
Brasil e EUA, contrastando-a com a relação mais recente do Brasil com a China.
Ela afirmou que, "enquanto as democracias compartilham uma história de 200
anos, a parceria com a China tem apenas 50 anos", levantando preocupações
sobre a influência e as intenções do regime chinês na região.
A general enfatizou a importância da cooperação entre
democracias, destacando que as relações democráticas são baseadas no respeito
mútuo, ao contrário das relações com regimes autoritários, como o da China.
"Como democracias, respeitamos uns aos outros. Respeitamos a soberania uns
dos outros. Respeitamos o povo um do outro, as democracias, o que não acontece
com um país comunista, porque eles não respeitam os direitos de seu próprio
povo", disse ela.
Ela expressou preocupação com as práticas da China,
especialmente no que diz respeito aos empréstimos da Iniciativa do Cinturão e
Rota, alertando para as cláusulas prejudiciais e para a perda gradual de
soberania que os países podem enfrentar ao aderir a esses acordos.
Além disso, Richardson destacou os esforços conjuntos na
luta contra as organizações criminosas transnacionais na região, ressaltando
que essas entidades representam uma ameaça à segurança e à estabilidade,
abrindo espaço para a influência chinesa através de investimentos e acordos
econômicos. Ela enfatizou a importância de medidas para fortalecer a segurança
econômica e promover o desenvolvimento sustentável na região, como meio de
combater a influência negativa das organizações criminosas.
Ao abordar o tema do terrorismo, Richardson destacou a
preocupação com a presença de suspeitos de envolvimento com grupos islâmicos na
região de Foz do Iguaçu, enfatizando a necessidade de cooperação entre Brasil,
Estados Unidos e outros países para enfrentar essa ameaça comum.
No contexto das relações bilaterais entre Brasil e EUA,
Richardson enfatizou os pontos em comum e os desafios compartilhados,
destacando a importância de uma parceria forte e colaborativa para enfrentar os
desafios do século XXI.
Fonte:
Brasil 247 com entrevista ao Valor
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