segunda-feira, 13 de maio de 2024

Frio intenso deve tomar o Rio Grande do Sul a partir da noite desta segunda-feira

 Enfrentando enchentes e frio, a população gaúcha deve estar atenta a doenças como leptospirose, hepatite A e doenças respiratórias infectocontagiosas, alerta especialista

Casas inundadas perto do rio Taquari, na cidade de Encantado, no Rio Grande do Sul
Casas inundadas perto do rio Taquari, na cidade de Encantado, no Rio Grande do Sul (Foto: Reuters/Diego Vara)

O Rio Grande do Sul se prepara para uma semana marcada não apenas pelas enchentes, mas também por um frio intenso que promete se estender ao longo dos próximos dias. Segundo Vinícius Lucyrio, meteorologista da Climatempo, as temperaturas mais baixas devem se fazer sentir principalmente a partir desta segunda-feira (13) à noite, estendendo-se até a manhã de quinta-feira (16), informa o Metrópoles.

A previsão aponta para a possibilidade de geada em várias áreas do estado, especialmente no sul, na campanha gaúcha e em regiões serranas. "As temperaturas já voltam a subir de forma mais lenta na quinta-feira, quando as temperaturas mais baixas devem se concentrar mais no extremo sul e leste do estado", explicou Lucyrio. Porém, o meteorologista alerta que ainda há previsão de mais quedas de temperatura a partir do dia 17 de maio, embora não devam ser tão acentuadas quanto as registradas na terça e quarta-feira.

Além do frio intenso, a população gaúcha também precisa estar atenta aos riscos à saúde decorrentes das condições climáticas extremas. A médica pneumologista Letícia Oliveira Dias destaca que situações de enchente trazem consigo riscos imediatos e futuros à saúde, incluindo infecções como leptospirose e hepatite A, além de doenças respiratórias infectocontagiosas.

"A queda da temperatura nesta época do ano aumenta a incidência de doenças respiratórias como resfriados, gripes, pneumonias e bronquiolites, especialmente em crianças menores de 2 anos", ressalta a médica. A situação é ainda mais preocupante para as famílias que se encontram em abrigos, onde a aglomeração favorece a transmissibilidade dessas doenças. O estresse físico e emocional vivenciado por essas famílias pode gerar uma imunodeficiência temporária, aumentando o risco de infecções.

Letícia Dias também alerta para os riscos de acidentes com animais peçonhentos, como escorpiões, aranhas e cobras, que podem se tornar mais comuns após o esvaziamento das águas das enchentes.

A médica enfatiza a importância da vigilância dos sintomas e do acesso ao diagnóstico e tratamento oportunos, além de medidas preventivas como o uso de máscaras de proteção para sintomáticos respiratórios e a manutenção da vacinação em dia.

Fonte: Brasil 147 com informações do Metrópoles

 


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