Taxa ficou 0,1 ponto abaixo dos 7,6% do trimestre encerrado em janeiro e bem inferior aos 8,5% do trimestre até abril de 2023
Por Roberto de Lira, Infomoney - A taxa de
desemprego no Brasil ficou em 7,5% no trimestre encerrado em abril de 2024, sem
variação estatisticamente significativa frente ao trimestre encerrado em
janeiro de 2024, quando esse percentual estava em 7,6%, informou nesta
quarta-feira (29) o Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A taxa ficou abaixo dos 8,5% registrados no mesmo
trimestre móvel de 2023.
Segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
(PNAD) Contínua do IBGE, essa é a menor taxa de desocupação para um trimestre
encerrado em abril desde 2014, quando o indicador estava em 7,2%.
Para Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas
Domiciliares do IBGE, a análise anual revela a manutenção da tendência de
redução desse indicador, que vem sendo observada desde 2023.
A população desocupada, ou seja, aqueles que não trabalhavam e
estavam em busca de uma ocupação, ficou em 8,2 milhões de pessoas, sem variação
significativa na comparação trimestral. Mas esse número mostra redução de 9,7%
(menos 882 mil desocupados) ante o mesmo trimestre móvel de 2023.
Segundo a coordenadora do IBGE, a estabilização da
desocupação, se deve, principalmente, à redução das perdas do comércio
observada no primeiro trimestre e ao retorno da ocupação no segmento da
educação básica pública no ensino fundamental.
Recorde de emprego formal
A PNAD Contínua mostrou ainda que a população ocupada
chegou a 100,8 milhões. Mesmo sem variação significativa no trimestre, esse
contingente cresceu 2,8% na comparação anual, o que equivale a mais 2,8 milhões
de postos de trabalho frente ao mesmo trimestre móvel de 2023.
Com isso, o número de trabalhadores com carteira assinada
chegou a 38,188 milhões, um recorde da série histórica da pesquisa, iniciada em
2012. Da mesma forma, o contingente de trabalhadores sem carteira também foi
recorde, chegando a 13,5 milhões.
Para a coordenadora de pesquisas domiciliares, a expansão da
ocupação nos últimos trimestres vem ocorrendo por meio dos empregados, que
superaram outras formas de inserção, como a dos trabalhadores por conta própria
e os empregadores. “O conjunto dos empregados no setor privado, com ou sem a
carteira assinada é o que mais tem contribuído para o crescimento da população
ocupada no país”.
Salário e renda
O rendimento médio real das pessoas ocupadas no trimestre
encerrado em abril foi de R$ 3.151, sem variação significativa no trimestre e
com alta de 4,7% na comparação anual.
Com isso, a massa de rendimentos, que é a soma das remunerações
de todos os trabalhadores do país, chegou a R$ 313,1 bilhões, novo recorde da
série histórica, mostrando estabilidade no trimestre e subindo 7,9% ante o
mesmo período de 2023.
Segundo Adriana Beringuy, a massa de rendimento se manteve
em patamar elevado, seja porque houve variação positiva da população ocupada em
alguns segmentos, ou pela manutenção do valor do rendimento médio. “Com
destaque, nesse trimestre específico, para o aumento do rendimento dos
empregados no setor privado com carteira de trabalho assinada”, explicou.
Na comparação trimestral, o rendimento ficou estável em todos os
dez grupamentos de atividade investigados pela PNAD Contínua.
Frente ao mesmo trimestre móvel de 2023, houve altas nos
rendimentos dos trabalhadores de quatro grupamentos: Indústria geral (8,5%),
Comércio e reparação de veículos (4,6%), Transporte, armazenagem e correio
(5,7%) e Administração Pública (4,0%).
Fonte: Brasil 247 com informações do Infomoney
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