Defesa do delegado enviou pedido ao STF alegando que a restrição financeira está causando um ‘impacto forte’ na família de Lages
O delegado da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Giniton Lages, acusado pela Polícia Federal de dificultar a investigação do caso Marielle Franco, voltou a solicitar ao ministro Alexandre de Moraes o desbloqueio de seu salário. Desde abril passado, Lages só pode retirar um salário mínimo por mês de sua conta bancária.
Na última terça-feira (27), segundo informações da coluna de Paulo Capelli, do Metrópoles, a defesa do delegado enviou um pedido ao STF alegando que a restrição financeira está causando um “impacto forte” na família de Lages. Os advogados ressaltaram que Lages não foi acusado do homicídio da vereadora Marielle Franco e, portanto, não será obrigado a indenizar os familiares das vítimas.
Desde o fim de março, Lages está usando tornozeleira eletrônica, precisa se apresentar semanalmente à Justiça e está afastado de suas funções na polícia, onde recebia R$ 25 mil. Essas medidas cautelares foram ordenadas pelo Supremo Tribunal Federal. Em abril, Moraes autorizou o desbloqueio de um salário mínimo da conta de Lages.
A Polícia Federal acusa Lages de atrasar a obtenção de imagens do local de onde partiu o carro de Ronnie Lessa, o assassino confesso de Marielle.
A PF afirmou que Lages apresentou uma desculpa “esfarrapada” ao alegar um problema técnico na polícia. A investigação concluiu que Lages demonstrou “desvio de caráter e cinismo”.
A PF sustenta que Lages planejou “reiterados episódios de obstrução da investigação” e “operacionalizou a garantia da impunidade” do crime.
Essas ações, segundo a Polícia Federal, foram deliberadas e repetidas, com o objetivo de dificultar a apuração dos fatos.
Fonte: Agenda do Poder
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