Desde o dia 7 de outubro de 2023, quando o conflito teve início, o governo brasileiro passou a sugerir medidas no cenário internacional na tentativa de suspender as hostilidades
Por Lucas Pordeus León , repórter da Agência Brasil - A morte do brasileiro Michel Nisembaum, de 59 anos, encontrado
pelo Exército de Israel na Faixa de Gaza, é a terceira vítima do Brasil na
atual fase do conflito que assola o Oriente Médio .
Desde o dia 7 de outubro de 2023, quando o conflito teve
início, o governo brasileiro passou a sugerir medidas no cenário internacional
na tentativa de suspender as hostilidades. A primeira foi a proposta de
resolução, articulada pela diplomacia brasileira, apresentada no Conselho de
Segurança da ONU, que pedia pausas humanitárias entre os ataques de Israel e do
Hamas. Mas a medida acabou vetada pelos Estados Unidos.
“Fizemos todo o esforço possível para que cessassem as
hostilidades, que parassem os sacrifícios humanos e que pudéssemos dar algum
tipo de assistência às populações locais e aos brasileiros. A nossa preocupação
foi sempre humanitária nesse momento”, disse o chanceler brasileiro, Mauro
Vieira, então presidente do Conselho de Segurança.
Troca e soltura de
reféns - Quando Israel e Hamas fecharam o
acordo para troca de reféns por prisioneiros palestinos, ainda em novembro do
ano passado, o governo brasileiro celebrou e o presidente Luiz Inácio Lula da
Silva defendeu que a trégua fosse permanente.
“Espero que esse acordo possa pavimentar o caminho para uma
saída política e duradoura para este conflito e para a retomada do processo de
paz entre Israel e Palestina”, disse Lula durante a Cúpula Virtual do G20, que
marcou o fim da presidência da Índia no bloco.
O Brasil também sempre defendeu, nas manifestações
oficiais, a soltura imediata e sem condicionantes dos reféns mantidos pelo
Hamas. No final de abril de 2024, junto com EUA e mais 15 países, conclamou
para que o Hamas libertasse os reféns em cativeiro em Gaza.
“Salientamos que o acordo sobre a mesa para libertação dos
reféns permitiria um cessar-fogo imediato e prolongado em Gaza, o que
facilitaria o envio de assistência humanitária adicional necessária a todo o
território e conduziria ao fim das hostilidades”, disse o texto assinado pelo
governo brasileiro.
Cessar-fogo - A diplomacia brasileira também sempre levou o tema do
cessar-fogo imediato aos fóruns internacionais que participou, na tentativa de
mobilizar a comunidade internacional. O ministro Mauro Vieira viajou, em meados
de março, ao Oriente Médio para, entre outros assuntos, discutir a situação da
guerra.
A diplomacia brasileira também sempre levou o tema do
cessar-fogo imediato aos fóruns internacionais que participou, na tentativa de
mobilizar a comunidade internacional. O ministro Mauro Vieira viajou, em meados
de março, ao Oriente Médio para, entre outros assuntos, discutir a situação da
guerra.
“[O ministro tratará das] perspectivas para
estabelecimento de um cessar-fogo e eventual retomada de negociações voltadas a
alcançar a paz duradoura para o Oriente Médio”, dizia a nota do Itamaraty.
"Genocídio" - Ainda
em outubro de 2023, o presidente Lula passou a definir o que ocorre em Gaza
como “genocídio”. Em janeiro de 2024, o governo anunciou apoio ao esforço da
África do Sul de abrir um processo contra Israel na Corte Internacional de
Justiça (CIJ) pelo crime de genocídio.
Nesta sexta-feira (24), a CIJ exigiu que Israel suspenda
os ataques na Faixa de Gaza, diante da falta de garantia para a proteção dos
civis. O Brasil tem elogiado as medidas da Corte, que busca minimizar os danos
da guerra.
No início do mês, Israel e Hamas não
chegaram a uma trégua e a atual fase do conflito segue para completar oito
meses no próximo dia 7 de junho.
Fonte: Brasil 247
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