Shopee, Shein e Ali Express: alguns dos sites internacionais mais populares no Brasil. Reprodução G1
A Câmara dos Deputados aprovou na terça-feira (28) um projeto que elimina a isenção de impostos para compras internacionais de até US$ 50
Essa medida foi incorporada ao projeto que estabelece o Programa Mobilidade Verde e Inovação (Mover), destinado a criar incentivos para a indústria de veículos sustentáveis. O projeto segue agora para o Senado Federal.
As discussões sobre a tributação de compras internacionais vêm ocorrendo desde o ano passado e recentemente resultaram em debates acalorados entre parlamentares e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Veja o que muda para o consumidor e a cronologia dos debates sobre o tema:
Como é a cobrança do imposto atualmente?
Atualmente, compras internacionais feitas pela internet de até US$ 50 estão isentas de impostos, conforme uma portaria do Ministério da Fazenda publicada em junho do ano passado. Empresas que aderirem ao programa Remessa Conforme da Receita Federal e recolherem o ICMS estão isentas dessa cobrança.
As regras do programa exigem que as empresas cumpram diversos critérios, como:
- Recolhimento de impostos;
- Transparência sobre valores de impostos, tarifas postais e outras despesas para o consumidor;
- Identificação clara do remetente nos pacotes;
- Combate ao contrabando;
- Recolhimento de ICMS a uma alíquota de 17%.
Como ficaria a cobrança de tributos com as novas regras?
Se o projeto for aprovado sem alterações, a isenção de impostos para compras internacionais de até US$ 50 será eliminada, e um imposto de 20% será aplicado. Compras acima de US$ 50 continuarão sujeitas ao Imposto de Importação de 60%.
A medida foi inserida no projeto Mover pelo deputado Átila Lira (PP-PI), que justificou que a isenção prejudica a indústria nacional.
A Secretaria da Receita Federal afirmou que manter a isenção para compras internacionais de até US$ 50 resultaria em uma “perda potencial” de arrecadação de R$ 34,93 bilhões até 2027.
Fonte: DCM
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