segunda-feira, 13 de maio de 2024

Com 7 em cada 10 empresas atingidas pelas chuvas, varejo do RS registra prejuízos que já somam R$ 600 mi

 

"Se formos colocar em termos de empregabilidade, 70% das empresas não estão trabalhando no Estado. A logística está destroçada", disse o presidente da FAGV, Vilson Noe

Enchente em Porto Alegre
Enchente em Porto Alegre (Foto: Gustavo Mansur/Palácio Piratini)

 As enchentes que assolam o Rio Grande do Sul afetou ao menos sete em cada dez empresas do varejo, resultando em perdas financeiras estimadas em R$ 600 milhões apenas na última semana, na cidade de Porto Alegre, capital do estado. Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, os dados foram apresentados nesta segunda-feira (13) durante uma reunião da diretoria da Federação das Associações Gaúchas do Varejo (FAGV). 

“É um prejuízo gigantesco. Se formos colocar em termos de empregabilidade, 70% das empresas não estão trabalhando no Estado. A logística está destroçada”, disse o presidente da FAGV,  Vilson Noe. A estimativa da entidade é que aproximadamente 430 mil pessoas que trabalham no varejo, sendo 100 mil somente em Porto Alegre, foram impossibilitadas de trabalhar devido às chuvas ou à dificuldade de locomoção até seus postos de trabalho, muitos dos quais foram alagados. 

Segundo estimativas apresentadas pelo presidente da FAGV, o varejo movimenta cerca de R$ 2 bilhões ao mês apenas em Porto Alegre, sendo o principal empregador do estado gaúcho. Dos cerca de 150 mil lojistas gaúchos, 17 mil operam em Porto Alegre e perto de 12 mil estão em áreas alagadas

As fortes chuvas que atingem todo o estado já deixaram 147 mortos e 127 desaparecidos. Outras 79.540 i foram obrigadas a buscar abrigo em locais seguros. Dos 487 municípios gaúchos, 447 foram atingidos pelas chuvas, afetando mais de 2,1 milhões de pessoas, o equivalente a quase um quinto da população do estado, conforme dados do último censo.

“Os dados apresentados são baseados em estimativas calculadas pelas associações presentes à reunião. Uma espécie de ’censo’ de todo o prejuízo do setor será calculada pela Secretaria Municipal do Desenvolvimento Econômico e Sebrae”, destaca a reportagem.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Estado de S. Paulo

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