sexta-feira, 3 de maio de 2024

Cid é libertado e defesa alega que ele se arrependeu dos áudios em que criticou o Supremo e o ministro Alexandre de Moraes

 Defesa de Cid revelou que ele solicitou formalmente aos superiores para que seu nome fosse retirado da lista de promoção à qual teria direito por tempo de serviço

A defesa do tenente-coronel Mauro Cid declarou nesta sexta-feira (3) que ele expressou arrependimento pelo teor dos áudios nos quais criticou a Polícia Federal e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Os advogados também recomendaram que ele evite utilizar o celular para conversar com amigos.


Após a decisão de Moraes, que confirmou a validade integral do acordo de delação premiada do militar, Cid foi liberado da prisão no fim da tarde de hoje. Os áudios, revelados então pela revista Veja, levaram o militar a ser alvo de novo mandado de prisão em março. Na ocasião, o ministro do STF considerou que ele violou o sigilo do acordo de delação premiada e tentou obstruir as investigações.


Cid explicou ao Supremo que estava desabafando com um amigo, cuja identidade não foi revelada. O advogado Cezar Bitencourt esclareceu que Cid possui diversos amigos e, durante o período de prisão, recebeu várias ligações, sem ter conhecimento específico de quem ligava. Bitencourt também ressaltou que o uso do celular em tais circunstâncias pode gerar confusão, resultando em situações como essa.


Moraes revogou a prisão de Cid após ele dar informações adicionais sobre os áudios e prestar dois depoimentos à PF. Em um dos depoimentos, Cid forneceu os nomes das pessoas com quem conversou no dia em que as gravações foram feitas.


Cid está sendo investigado em inquéritos relacionados à trama golpista, falsificação de carteira de vacinação e desvio de joias do acervo presidencial. Ele tem colaborado com a PF fornecendo informações sobre esses três casos como delator.


Além disso, a defesa de Cid revelou que ele solicitou formalmente aos seus superiores para que seu nome fosse retirado da lista de promoção à qual teria direito por tempo de serviço. Segundo a defesa, o objetivo é adiar a avaliação de sua ascensão na carreira militar até o término das investigações.


A advogada Vania Bitencourt afirmou que Cid fez o pedido de forma oficial para não constar na lista, visando a evitar possíveis implicações caso sua promoção fosse rejeitada neste momento.


Fonte: Agenda do Poder com informações de O Globo.

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