O objetivo é a elaboração de projetos de concessão de unidades de conservação de uso sustentável que incluam restauração e manejo ambiental como atividade econômica
Presidido por Aloizio
Mercadante, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) fez
nesta sexta-feira (3) uma assinatura junto ao ministério do Meio Ambiente e
Mudança do Clima (MMA), comandado por Marina Silva, em Brasília (DF), para um
Acordo de Cooperação Técnica (ACT) com o Serviço Florestal Brasileiro (SFB) e
um convênio com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O objetivo é a
elaboração de projetos de concessão de unidades de conservação de uso
sustentável que incluam restauração e manejo ambiental como atividade
econômica.
O BNDES vai arcar com 100% dos estudos para as florestas
na Amazônia, com investimentos de até R$ 30 milhões, para atrair mais projetos
estaduais. A informação foi divulgada pelo diretor de Planejamento e
Estruturação de Projetos do Banco, Nelson Barbosa. O Serviço Florestal
Brasileiro pretende conceder mais de 2,9 milhões de hectares até 2026, afirmou
o diretor-geral da instituição, Garo Batmanian.
Em janeiro deste ano, a instituição presidida por Mercadante e o
BID assinaram acordo no valor de US$ 1 milhão para a estruturação de projetos
em unidades de conservação na Amazônia, como a Floresta Nacional do Jamanxin
(PA) e a Floresta Nacional de Anauá (RR), além do Parque Nacional de
Anavilhanas e do Parque Nacional do Jaú, ambos no Amazonas.
Atualmente, BNDES tem, com o SFB, estudos que totalizam
cerca de 9 milhões de hectares na Amazônia. Em 2024, quatro áreas já serão
objeto de consulta pública e lançamento de edital para concessão: Floresta
Nacional do Bom Futuro (RO), Gleba Castanho (AM), Floresta Nacional do Iquiri
(AM) e Floresta Nacional do Jatuarana (AM).
Para o novo acordo de cooperação com o SFB, o BNDES apoiará os
projetos de concessão da Floresta Nacional de Bom Futuro (em Rondônia), com 17
mil hectares em desmatamento acumulado, e da Gleba João Bento (Rondônia e
Amazonas), com 55.872 hectares em desmatamento acumulado. Será o primeiro
projeto de concessão para restauração de área degradada com a obtenção de
receitas a partir da venda do crédito de carbono ou dos produtos florestais
gerados a partir do reflorestamento.
“Vamos disponibilizar para o governo e para as populações
das áreas, qual o resultado dos estudos, quais são os investimentos, qual a
receita, quantos empregos serão gerados e qual é a rentabilidade e a
atratividade para quem vai investir”, disse Barbosa, acrescentando o potencial
de receita com a geração de crédito de carbono. “Crédito de carbono, que tem um
preço internacional que só tende a crescer, tende a ser a principal receita no
futuro.”
De acordo com a ministra Marina Silva,
“quando a gente dá o uso correto para a floresta, para a biodiversidade, para o
uso da terra, para os nossos sistemas de produção, nós estamos tentando
reverter o que leva à mudança do clima”. “E, com certeza, fazer restauração
significa a gente dar uma dupla ou uma tripla contribuição. É a contribuição
que nós vamos sequestrar carbono, é a contribuição porque nós vamos estabelecer
formas inovadoras de manejo, é a contribuição que a gente vai gerar emprego e
renda”, disse.
Fonte: Brasil 247
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