Ex-governador está em liberdade desde dezembro de 2022
O ex-governador do Rio de
Janeiro Sérgio Cabral (MDB) foi interrogado nos processos da Lava Jato pela
primeira vez, nesta segunda-feira (20), desde que deixou a prisão. O depoimento
ocorreu no âmbito de uma ação penal em que é acusado de repassar propina ao
ex-governador Luiz Fernando Pezão (MDB), que já foi absolvido no caso.
Cabral chegou a ser condenado, mas teve a sentença
anulada, voltando à primeira instância para novo julgamento. Em novo
interrogatório, solicitado pelo ex-governador, ele negou as declarações
realizadas em fevereiro de 2020, obtidas, segundo ele, sob circunstâncias
constrangedoras. Na época, ele havia fechado um acordo de delação com a Polícia
Federal e confirmou o teor da denúncia, que indicava repasses mensais de R$ 150
mil a Pezão.
"É muito constrangimento, uma tortura psicológica, física.
Fui levado a oito presídios. Prenderam a minha mulher. Entraram na casa da
minha ex-mulher. Foram na casa do meu irmão. Tudo isso está em análise no CNJ
[Conselho Nacional de Justiça]", disse Cabral.
Este é o 30º interrogatório do ex-governador à Justiça
Federal. Inicialmente, Cabral negava as acusações, mas dois anos após a prisão,
confessou os crimes. Atualmente, ele permanece em silêncio em relação às
acusações.
O ex-governador está em liberdade desde
dezembro de 2022, mas segue com um passivo de 34 processos criminais, sendo 32
referentes à Lava Jato. Ele é acusado de ter cobrado 5% de propina sobre os
grandes contratos feitos em sua gestão.
Fonte: Brasil 247 com informações da Folha
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