terça-feira, 28 de maio de 2024

Apesar de racha entre sindicatos, acordo encerra a greve dos professores federais


Servidores públicos federais em greve fazem marcha por reajuste salarial em Brasília. Foto: Gabriela Biló/Folhapress

A Proifes (Federação de Sindicatos de Professores e Professoras de Instituições Federais de Ensino Superior e de Ensino Básico Técnico e Tecnológico) assinou na tarde desta segunda-feira (27) a proposta de reajuste salarial apresentada pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Com informações da Folha de S.Paulo.

A assinatura ocorreu sem a participação do Andes (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior), outra entidade relevante nas negociações, que não concordou com os termos apresentados pelo governo. O anúncio oficial sobre o acordo está previsto para ocorrer no dia 6 de junho.

O desfecho surge após 54 dias de greve e cinco rodadas de negociações. O aumento aprovado é de 9% em janeiro do próximo ano e 3,5% em maio de 2026.

Os servidores pleiteavam um reajuste de 7,06% neste ano, 9% em janeiro de 2025 e 5,16% em 2026. Na semana passada, o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos ignorou essas exigências e, em um e-mail, afirmou que não consideraria mais contrapropostas dos grevistas.

Sindicato Andes é contrário à falta de reajuste dos salários em 2024. Foto: Hamilton Ferreira/Poder360

Enquanto a Proifes aceitou as condições do governo, o Andes rejeitou a possibilidade e tentou deslegitimar a autoridade da Proifes para firmar um acordo.

Durante a reunião em Brasília, os sindicatos trocaram acusações e xingamentos. O governo tentou acalmar a situação com o Andes, prometendo adiar o encerramento das negociações. Contudo, a proposta acabou sendo assinada pela Proifes.

O presidente do Andes, Gustavo Seferian, criticou a assinatura do acordo nesta segunda-feira, chamando-a de “golpe” e “um tiro no pé” pelo governo petista. Por outro lado, o presidente da Proifes, Wellington Duarte, defendeu que divergências entre sindicalistas fazem parte do processo democrático e defendeu o trato com o Ministério da Gestão.

Ao todo, 58 universidades e institutos federais participaram da paralisação deste ano.

Fonte: DCM com informações da Folha de S. Paulo

 

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