A Câmara dos Deputados está realizando um debate sobre a Operação Lava Jato nesta terça-feira (21). O ex-deputado federal Deltan Dallagnol, que atuou como procurador na força-tarefa, é um dos convidados e participará de forma virtual do evento.
Já o advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, conhecido como Kakay, está no Congresso para apresentar sua visão sobre a operação.
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Este evento marca a primeira presença de Dallagnol na Casa Legislativa desde que teve seu mandato cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em maio de 2023.
A audiência pública, organizada pela Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara, é presidida pelo deputado Joseildo Ramos (PT-BA). A iniciativa de convidar o ex-deputado partiu da deputada Adriana Ventura (Novo-SP), que é uma reconhecida apoiadora da Lava Jato, operação que completa dez anos em 2024.
Dallagnol, que atuou como coordenador da força-tarefa no Ministério Público Federal, teve seu mandato cassado pelo TSE sob a acusação de manobra judicial. O tribunal entendeu que ele se aposentou do cargo de procurador para evitar a continuidade de um processo disciplinar contra ele.
O debate coincide com a data em que o TSE deve decidir o futuro do mandato do senador Sergio Moro (União-PR), ex-juiz da Lava Jato, outro participante simbólico da operação. Moro é alvo de ações do PT e do PL por supostos gastos irregulares na campanha de 2022.
Além de Deltan e Kakay, o advogado Alberto Zacharias Toron, que também defendeu políticos investigados pela Lava Jato participará do debate. A advogada e professora Ligia Maura Costa, autora de um livro sobre a operação, também estará presente e lançará sua obra na noite do mesmo dia, com a presença dos debatedores.
Adriana Ventura justificou o requerimento do debate destacando que a Lava Jato “representa um marco significativo na história jurídica e política do Brasil, revelando complexas redes de corrupção em diversas esferas do poder público e setores empresariais”. Ela também reconheceu as controvérsias geradas pela operação, desde a utilização de delações premiadas até as garantias dos direitos dos investigados e a publicidade das ações.
Fonte: DCM
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