A abrangência do desastre é evidenciada
pelo fato de que 170 municípios declararam situação de calamidade
As chuvas e enchentes no Rio
Grande do Sul têm causado grandes prejuízos, principalmente no setor
agropecuário, segundo um levantamento recente da Confederação Nacional dos
Municípios (CNM), reportado pela
revista Globo Rural. De acordo com os dados levantados até domingo (5/5), os
danos financeiros nesse setor já alcançam a marca de R$ 423,8 milhões, em uma
amostra de 19 municípios. Contudo, o montante total de prejuízos no estado,
incluindo outros setores e o setor público, chega a R$ 559,8 milhões. A
abrangência do desastre é evidenciada pelo fato de que 170 municípios
declararam situação de calamidade, conforme a Defesa Civil nacional, e mais de
330 foram afetados, de acordo com a Defesa Civil gaúcha.
A CNM expressa preocupação com a insuficiência de recursos
federais para lidar com a crise, especialmente em vista do histórico recente de
eventos climáticos extremos. No ano anterior, um ciclone extratropical causou
danos significativos, resultando em 51 mortes e prejuízos financeiros que
ultrapassaram R$ 3 bilhões. Apesar das promessas do governo federal de aporte
financeiro, apenas uma fração do montante prometido foi repassada, totalizando
R$ 81 milhões, o que representa apenas 11% do valor esperado. A entidade
ressalta que a recuperação dos municípios afetados demanda um apoio federal
imediato e adequado às necessidades da população.
Os números fornecidos pela CNM ilustram a
magnitude dos desastres climáticos no Brasil em 2023. Cerca de 37,3 milhões de
pessoas foram afetadas em todo o país, com registros de 258 mortes, 126.345
desabrigados e 717.934 desalojados. Os prejuízos financeiros decorrentes desses
eventos somaram R$ 105,4 bilhões, com a agropecuária liderando a lista de
setores mais impactados. A agricultura registrou danos de R$ 53,6 bilhões,
enquanto a pecuária sofreu perdas de R$ 15,3 bilhões.
Fonte: Brasil 247 com informações da revista Globo Rural
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