O ex-presidente Jair Bolsonaro. Foto: Evaristo Sá/AFP
A estratégia adotada pelos advogados do ex-presidente Jair Bolsonaro acabou com suas chances de reverter a inelegibilidade e disputar as eleições de 2026, segundo ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ele foi condenado em três julgamentos diferentes e não poderá concorrer até 2030. A informação é da coluna de Carolina Brígido no UOL.
A defesa do ex-presidente tinha duas opções para recorrer da decisão do TSE: apelar ao Supremo Tribunal Federal (STF), a instituição escolhida pelos advogados, ou enviar embargos de declaração à corte eleitoral.
A segunda opção faria com que o processo ficasse vivo no TSE, mesmo que os pedidos fossem negados pelos ministros, até a mudança na composição do plenário. Durante a disputa eleitoral de 2026, Kassio Nunes Marques e André Mendonça, ambos indicados pelo ex-presidente ao Supremo, serão presidente e vice da corte eleitoral.
Os advogados do ex-presidente decidiram recorrer ao Supremo, o que impede que eles questionem as condenações no próprio TSE. Na Corte, as chances de Bolsonaro são menores, já que as decisões são tomadas pelo colegiado e ele tem o apoio da minoria.
Os ministros do Supremo ainda têm direito de ocupar o posto até os 75 anos de idade, o que torna mudanças na composição mais raras. No TSE, os mandatos são de dois anos, prorrogáveis por mais dois anos.
Apesar da avaliação de ministros da corte eleitoral, aliados de Bolsonaro acredita que os advogados correriam riscos se continuassem recorrendo ao próprio TSE. Eles acreditam que a defesa poderia ser multada por procrastinação ou punida com o trânsito em julgado antecipado, o que impediria um recurso ao Supremo posteriormente.
Fonte: DCM com informações do UOL
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