quarta-feira, 1 de maio de 2024

Advogado de ex-diretor de Polícia do Rio diz que Rivaldo Barbosa quer falar à PF e contribuir com investigações do Caso Marielle

 Advogado afirma que Barbosa nunca considerou fazer delação premiada, mas tem ‘muitas informações importantes e deveria ser ouvido’

O ex-diretor da Polícia do Rio de Janeiro, Rivaldo Barbosa, detido sob suspeita de ser o mentor do assassinato de Marielle Franco, está ansioso para se manifestar, de acordo com seu advogado de defesa Marcelo Ferreira. Ferreira afirma que Barbosa teve acesso aos registros de sua detenção apenas um mês após sua prisão e, agora, com acesso às informações do caso, ele está pronto para compartilhar informações cruciais.


“Ele tem lembranças importantes desde 2018, quando assumiu a chefia, o que será relevante. Ele tem muito a dizer em seu depoimento sobre o que aconteceu nos bastidores relacionado à sua nomeação como chefe de polícia”, disse Ferreira.


Na segunda-feira (29), a defesa de Rivaldo Barbosa solicitou ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes que ele e sua esposa, Erika Araújo, sejam ouvidos no processo. O pedido alega que mais de um mês após a prisão de Barbosa em 24 de março, seu depoimento ainda não foi coletado.


Barbosa é apontado pela Polícia Federal como o mentor do assassinato de Marielle, ocorrido em 14 de março de 2018, no qual o motorista Anderson Gomes também foi morto a tiros. A investigação também aponta os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão como os mandantes do crime, os quais foram presos em março. Após a delação do ex-policial militar Ronnie Lessa, acusado de ser o executor do assassinato, a PF concluiu que Rivaldo já tinha uma “relação indevida” com os mandantes antes do crime.


O advogado de defesa afirma que Barbosa nunca considerou fazer uma delação premiada “porque não tem envolvimento em nenhum crime”. No entanto, ele ressalta que o ex-diretor de polícia “tem muitas informações importantes para contribuir com as investigações” e que, após 35 dias de prisão, ele “deveria ter sido ouvido”.


Questionado, o advogado optou por não revelar antecipadamente quais seriam as informações que Barbosa pretende compartilhar com a polícia.

“Queremos contribuir com a investigação”.


Fonte: Agenda do Poder com informações do g1.

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