Açude Gargalheiras. Foto: Reprodução
O açude de Gargalheiras, na cidade de Acari (RN), iniciou a sangria na noite desta quarta (3) após 13 anos e gerou celebrações na região. O transbordo ocorreu por uma parede de mais de 20 metros e causou o que os sertanejos chamam de “véu de noiva”, quando há queda d’água.
A sangria descreve o fenômeno de quando o reservatório chega à capacidade máxima e transborda. O Gargalheiras foi usado de locação no filme “Bacurau” (2018) e é um patrimônio histórico, geográfico, paisagístico, ambiental e turístico no Rio Grande do Norte, além de ser um dos maiores do estado.
Pessoas da região celebraram o evento com fogos e orações, apesar da sangria ser considerada tímida. Centenas de pessoas aguardavam o fenômeno às margens do Gargalheiras.
Moradores da cidade de Acari e da Região Seridó faziam uma espécie de “vigília” no local à espera da sangria. Na madrugada desta quarta (3), eles promoveram forró, churrasco e até uma festa de aniversário após a sangria.
O açude tem capacidade para mais de 44 milhões de metros cúbicos de água e é suficiente para abastecer uma população de 56 mil pessoas por cerca de quatro anos. A última sangria ocorreu em 2011 e o Gargalheras passou por secas entre 2017, 2018 e 2019.
Em um dos períodos de seca, o açude foi usado de cenário para o filme “Bacurau”. O próprio diretor da obra, Kleber Mendonça Filho, comemorou imagens do Gargalheiras em 2018 e durante o mês de abril de 2024.
Veja a sangria e a celebração do evento:
Fonte: DCM
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