Para Liana Cirne, Zambelli apresentou pedido de impeachment contra Lula para atender a interesses do Estado de Israel
A vereadora de Recife
pelo PT e professora de Direito da UFPE, Liana Cirne, ingressou, ao lado do
advogado Victor Fialho, com uma notícia-crime junto ao Supremo Tribunal Federal
(STF) contra a deputada federal bolsonarista Carla Zambelli (PL-SP). Eles apontam
atentado à soberania quando a parlamentar entrou com um pedido de impeachment
contra o presidente Lula (PT), no que seria um gesto para atender ao interesse
de um Estado estrageiro.
O documento protocolado no STF aponta detalhes de uma
viagem realizada por Carla Zambelli a Israel, que durou cerca de 30 dias, em
que foram firmados compromissos políticos. Em dezembro de 2023, a deputada, em
vídeo publicado nas redes sociais, afirma que participou de um encontro com o
líder do governo no Parlamento de Israel, Moshe Saada, e com a ministra de
Inteligência de Israel para conversar sobre a guerra, em uma reunião fechada.
Na reunião, ela teria assumido compromissos políticos com o Estado estrangeiro.
Moshe Saada ficou mundialmente conhecido por suas afirmações de que "todos
os habitantes de Gaza devem ser destruídos”.
Para Liana Cirne e Victor Fialho, há indícios de que os
compromissos firmados por Zambelli com o Estado de Israel, além de invadir a
competência privativa do presidente da República, configura crime contra a
soberania nacional.
Para Liana, a deputada incita o conflito entre Israel e
Brasil, por meio de ataques diretos ao governo brasileiro, reproduzindo, sem
reservas, o teor bélico das acusações do governo israelense, que buscam
vulnerabilizar a soberania nacional. “Ela protocolou o pedido de impeachment em
fevereiro, e faz mais de 100 citações ao governo de Israel, repetindo as
palavras em ipsis litteris do líder do parlamento em Israel, que faz inúmeras
acusações diretas de que o Brasil estaria endossando a prática de terrorismo”,
afirmou Liana Cirne.
Liana solicita que a deputada federal seja
investigada e punida. “Ela trai o próprio país pela vantagem eleitoral de ser
adversária política do governo Lula. Mas o que ela fez ultrapassa o campo da
oposição. Então, com base em uma série de indícios, que eu e Victor Fialho
pesquisamos, protocolamos junto ao STF uma notícia-crime para que ela seja
investigada por atentado à soberania nacional. O que se fez não é oposição, foi
traição aos direitos da pátria e, por isso, espero que ela seja punida”.
Fonte: Brasil 247
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