terça-feira, 9 de abril de 2024

'Um mundo que produz a quantidade de alimentos que produz não pode ter fome', diz Lula ao receber secretário do Vaticano

 

O presidente recordou a saída do Brasil do mapa da fome da ONU em 2014, situação que retrocedeu durante os governos Michel Temer Jair Bolsonaro

Lula com outras lideranças em Brasília
Lula com outras lideranças em Brasília (Foto: Ricardo Stuckert / PR)

 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) alertou nesta segunda-feira (8), no Palácio do Planalto, que é necessário enfrentar o problema da fome em nível global. De acordo com o relatório sobre Alimentação, Agricultura e Nutrição da Organização das Nações Unidas (ONU), divulgado no ano passado, mais de 700 milhões de pessoas passam fome no mundo. No documento O Estado da Segurança Alimentar e Nutrição no Mundo (SOFI), publicado também em 2023 pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), 70,3 milhões de pessoas estiveram em estado de insegurança alimentar moderada em 2022. O levantamento também apontou que 21,1 milhões de pessoas no país passaram por insegurança alimentar grave, caracterizado por estado de fome.

O chefe de Estado brasileiro recordou a saída do Brasil do mapa da fome da ONU em 2014, situação que retrocedeu durante os governos Michel Temer (2016-2018) e Jair Bolsonaro (2019-2023).  "É preciso criar uma consciência de que a fome não é aceitável. Um mundo que produz a quantidade de alimentos que produz não pode ter gente passando fome", afirmou Lula, durante evento em Brasília (DF), com o secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin. Acompanharam a reunião a primeira-dama Janja da Silva e o assessor especial da Presidência, embaixador Celso Amorim.

O presidente também elogiou o papel do papa Francisco como um dos grandes líderes do mundo que tem se colocado contra a guerra e a desigualdade.
Ambos concordaram sobre a importância de os governos garantirem a liberdade religiosa.

O cardeal Parolin citou o interesse da Santa Sé sobre a situação dos povos indígenas. Sobre esse tema, o presidente Lula citou a criação do Ministério dos Povos Indígenas e o fato de a FUNAI também ser presidida por uma indígena. E que pretende, em breve, anunciar a homologação de novas terras. 

O religioso comentou sobre os esforços que o governo brasileiro tem feito em prol dos Yanomami e os desafios representados pelo garimpo ilegal e outras formas de crime organizado, “hoje uma indústria internacional”. “No que depender do nosso governo, os povos indígenas terão o melhor tratamento possível”, garantiu.

Fonte: Brasil 247

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