O presidente recordou a saída do Brasil do mapa da fome da ONU em 2014, situação que retrocedeu durante os governos Michel Temer Jair Bolsonaro
O presidente Luiz Inácio Lula
da Silva (PT) alertou nesta segunda-feira (8), no Palácio do Planalto, que é
necessário enfrentar o problema da fome em nível global. De acordo com o
relatório sobre Alimentação, Agricultura e Nutrição da Organização das Nações
Unidas (ONU), divulgado no ano passado, mais de 700 milhões de pessoas passam
fome no mundo. No documento O Estado da Segurança Alimentar e Nutrição no Mundo
(SOFI), publicado também em 2023 pela Organização das Nações Unidas para a
Alimentação e a Agricultura (FAO), 70,3 milhões de pessoas estiveram em estado
de insegurança alimentar moderada em 2022. O levantamento também apontou que
21,1 milhões de pessoas no país passaram por insegurança alimentar grave,
caracterizado por estado de fome.
O chefe de Estado brasileiro recordou a saída do Brasil do
mapa da fome da ONU em 2014, situação que retrocedeu durante os governos Michel
Temer (2016-2018) e Jair Bolsonaro (2019-2023). "É preciso criar uma
consciência de que a fome não é aceitável. Um mundo que produz a quantidade de
alimentos que produz não pode ter gente passando fome", afirmou Lula,
durante evento em Brasília (DF), com o secretário de Estado do Vaticano,
cardeal Pietro Parolin. Acompanharam a reunião a primeira-dama Janja da Silva e
o assessor especial da Presidência, embaixador Celso Amorim.
O presidente também elogiou o papel do papa Francisco como um
dos grandes líderes do mundo que tem se colocado contra a guerra e a
desigualdade.
Ambos concordaram sobre a importância de os governos garantirem a liberdade
religiosa.
O cardeal Parolin citou o interesse da Santa Sé sobre a
situação dos povos indígenas. Sobre esse tema, o presidente Lula citou a
criação do Ministério dos Povos Indígenas e o fato de a FUNAI também ser
presidida por uma indígena. E que pretende, em breve, anunciar a homologação de
novas terras.
O religioso comentou sobre os esforços
que o governo brasileiro tem feito em prol dos Yanomami e os desafios
representados pelo garimpo ilegal e outras formas de crime organizado, “hoje
uma indústria internacional”. “No que depender do nosso governo, os povos
indígenas terão o melhor tratamento possível”, garantiu.
Fonte: Brasil 247
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