Operações financeiras geraram resultado positivo de R$ 16,5 bilhões para o banco de desenvolvimento
Após quase sete anos
de investigação, o Tribunal de Contas da União (TCU) arquivou três processos
que apuravam a compra de ações da JBS, maior empresa de proteína animal do
mundo, pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A
maioria dos ministros do tribunal absolveu os funcionários do banco estatal,
concluindo que não houve prejuízo aos cofres públicos nas operações.
Segundo o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, as
operações financeiras com a JBS foram altamente lucrativas para o banco de
fomento, gerando um resultado positivo de R$ 16,5 bilhões em valores nominais.
Em nota divulgada nesta terça-feira, Mercadante destacou a importância da
colaboração entre o BNDES e o TCU para garantir a segurança jurídica das
atividades do banco em diversas frentes, incluindo o mercado de capitais.
O relator do caso, ministro Augusto Sherman, havia recomendado a
aplicação de multas a colaboradores da área técnica e do jurídico do banco, em
valores que variavam de R$ 5.000 a R$ 55 mil. No entanto, seus colegas de
tribunal consideraram que não houve falhas graves que justificassem tal punição
aos profissionais. Ao contrário: arquivaram o caso, justamente em razão dos
bons resultados da operação. Os ministros do TCU também determinaram que não
houve ilegalidades nas operações envolvendo as empresas Swift e Pilgrim’s nos
Estados Unidos, bem como nos ativos da Bertin no Brasil.
"A decisão do TCU de arquivar os processos reforça a
qualidade, o profissionalismo e a motivação do corpo de funcionários do
BNDES", destacou Mercadante. Além disso, ele ressaltou que o banco possui
uma das taxas de inadimplência mais baixas do mercado financeiro, o que
demonstra a eficiência do seu sistema de governança. "Decisões como essa,
afirmou Mercadante, ajudam a explicar os excepcionais resultados do BNDES, como
o crescimento nas consultas, aprovações e desembolsos no primeiro trimestre de
2024 em comparação com o mesmo período do ano anterior", acrescentou.
A ação no TCU foi iniciada em 2017,
quando o Brasil vivia um clima de caça às bruxas e perseguição a grandes
empresas e agentes políticos. Naquela época, dizia-se também que havia uma
"caixa preta" no BNDES, uma fake news usada pela extrema direita para
atacar o banco de fomento, que tem papel central no desenvolvimento nacional.
Fonte: Brasil 247
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