Governador de São Paulo busca respaldo para políticos bolsonaristas em meio a casos judiciais; destaque para o senador Jorge Seif, de Santa Catarina, cujo julgamento será retomado
O governador Tarcísio de
Freitas (Republicanos) teve um encontro com o ministro Alexandre de Moraes, na
última quarta-feira (3), em uma tentativa de defender candidatos bolsonaristas
que enfrentam o risco de cassação. Em pauta, estava o caso do senador Jorge
Seif, representante por Santa Catarina, cujo julgamento foi suspenso pelo
ministro na quinta-feira (4) e está previsto para ser retomado no dia 16 de
abril.
Seif é alvo de acusações de abuso de poder econômico, com
a suposta interferência de Luciano Hang e outros empresários. Alega-se que Hang
teria disponibilizado recursos da Havan para impulsionar a campanha do
político. Contudo, Tarcísio argumentou durante o encontro que Seif obteve uma
quantidade de votos superior à soma dos segundo e terceiro colocados. Segundo o
governador, as evidências de interferência não são conclusivas, nem mesmo
suficientes para alterar o resultado da eleição.
De acordo com reportagem da CNN, embora o caso do senador Sérgio Moro
não tenha sido explicitamente abordado, fontes próximas ao governador paulista
sugerem que este seria um exemplo paralelo: Moro deveria ser julgado como
candidato, não como ex-juiz da operação Lava Jato. O julgamento de Moro
encontra-se empatado e será retomado nesta segunda-feira (8). Ainda de acordo
com a reportagem, a iniciativa de Tarcísio Freitas é uma estratégia de
aproximação entre a extrema direita e o Poder Judiciário.
Este diálogo entre Tarcísio e Moraes ocorreu em meio à
polêmica envolvendo o bilionário Elon Musk, que acusou Moraes de
"censura" nas redes sociais e ameaçou descumprir decisões judiciais
que considera arbitrárias. Moraes incluiu Musk como investigado no contexto das
milícias digitais. Diante desses eventos, aliados do ex-presidente Jair
Bolsonaro demonstram preocupação com o possível impacto dessa controvérsia
sobre a tentativa de aproximação entre a direita e o Poder Judiciário.
Fonte: Brasil 247 com informações da CNN
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