Ronnie Lessa. (Foto: Reprodução)
A Polícia Federal (PF) identificou quatro políticos do PSol que estiveram na mira de Ronnie Lessa, o assassino confesso da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.
Entre os alvos de Lessa, segundo informações do colunista Ricardo Capelli, do Metrópoles, estava Isadora Peixoto de Oliveira Freixo, filha do deputado federal Marcelo Freixo, que liderou a CPI das Milícias na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) em 2008. Investigações da PF mostram a perigosa relação entre o crime organizado e a política carioca.
O sociólogo e ex-vereador Renato Cinco, conhecido por suas posições contundentes e defesa da legalização da maconha, também foi monitorado por Lessa em diferentes momentos. Outro político do PSol, o deputado federal Chico Alencar, teve seu CPF pesquisado em 2017, pouco antes de anunciar sua intenção de disputar o Senado.
Tarcísio Motta, também deputado federal, esteve sob a lupa de Lessa durante seu mandato na Câmara de Vereadores, entre 2017 e 2022. O monitoramento ocorreu devido à atuação política intensa e combativa de alguns correligionários do PSol em oposição aos interesses políticos dos irmãos Brazão.
Mas por que Marielle?
Apesar do amplo espectro de políticos investigados, a pergunta que persiste é: por que Marielle? A hipótese é que, na visão equivocada dos mandantes do crime, o assassinato da vereadora, por ser mulher, negra e da periferia, poderia ser facilmente esquecido, sem gerar ampla investigação.
A expectativa dos criminosos era que o caso fosse arquivado sem muita repercussão. Parte da cúpula da Polícia Civil do Rio era cúmplice do assassinato, segundo relato de Lessa à PF.
A vereadora fluminense Marielle Franco. (Foto: Reprodução)
Chiquinho Brazão, Domingos Brazão e Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil, foram presos e transferidos para presídios federais após a investigação que resultou na descoberta de sua relação com o crime.
Fonte: DCM
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