Supremo julga liminar de Gilmar Mendes que reconduziu presidente à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) enquanto crise na entidade se aprofunda
O plenário do Supremo Tribunal
Federal (STF) estará sob os holofotes da comunidade esportiva e jurídica nesta
quarta-feira (24), quando será decidido o destino de Ednaldo Rodrigues na
presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), destaca o Estadão. A decisão se concentra na
manutenção ou revogação da liminar concedida por Gilmar Mendes que reconduziu
Rodrigues ao comando da entidade, contrastando com a determinação do Tribunal
de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) que o afastou em 7 de dezembro de 2023.
A possível queda da liminar implica em convocação de novas
eleições na CBF, enquanto sua manutenção garante a permanência de Ednaldo até o
término de 2026.
A atual crise na CBF remonta a uma ação do Ministério Público do
Rio de Janeiro (MP-RJ) que contestou uma assembleia geral realizada pela
entidade em março de 2017, alegando irregularidades nas mudanças nas regras
eleitorais. Com o afastamento do então presidente Rogério Caboclo em julho de
2021 por denúncias de assédio sexual, determinou-se judicialmente que toda a
diretoria eleita com Caboclo deveria ser destituída, levando a um processo de
reformulação interna na entidade.
Ednaldo Rodrigues, então presidente interino da Federação
Baiana, assumiu interinamente a presidência da CBF. Antes de ser oficialmente
eleito, assinou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) entre o MP-RJ e a CBF
para conferir estabilidade à entidade. Sua eleição, sem oposição, ocorreu pouco
depois, em março de 2022. Entretanto, em dezembro do mesmo ano, o TJ-RJ anulou
o TAC e afastou Ednaldo da presidência da CBF.
Alegações de favorecimento e questionamentos sobre a
legitimidade do acordo com o MP-RJ alimentaram a crise. Após o afastamento de
Ednaldo, a Justiça nomeou José Perdiz de Jesus como interventor na CBF e deu
prazo para convocação de novas eleições. Contudo, tanto a Conmebol quanto a
Fifa não reconheceram a legitimidade de Perdiz como presidente temporário da
CBF.
Ednaldo recorreu ao Superior Tribunal Judicial (STJ) para
reverter seu afastamento, mas teve seu pedido negado.
Fonte: Brasil 247 com informações do Estadão
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