Apesar das evidências históricas dos abusos e crimes cometidos durante a ditadura, Bolsonaro tem uma longa história de apoio ao regime
No 60º
aniversário do golpe militar de 1964, Jair Bolsonaro (PL), conhecido por sua
postura nostálgica em relação ao regime militar, optou por não se manifestar.
Durante seu mandato presidencial, Bolsonaro frequentemente exaltou o golpe e o
regime que se seguiu, mas permaneceu até a manhã desta segunda-feira (1).
Atualmente, Bolsonaro é objeto de uma
investigação conduzida pela Polícia Federal (PF), sob autorização do Supremo
Tribunal Federal (STF), focada na sua participação em uma tentativa de golpe de
Estado. Em contraste com a postura de Bolsonaro, o presidente Luiz Inácio Lula
da Silva escolheu não comentar o aniversário do golpe, enquanto membros de seu governo expressaram
posicionamentos. Paulo Pimenta, chefe da Secretaria de Comunicação,
destacou a importância da defesa da democracia, mencionando que a esperança
venceu o ódio.
O golpe de Estado, iniciado em 31 de março de
1964 e concretizado com a deposição do presidente João Goulart em 2 de abril,
marcou o início de mais de duas décadas de ditadura militar no Brasil. Este
período foi marcado por autoritarismo, censura, perseguições, exílios, tortura
e assassinatos.
Apesar das evidências históricas dos abusos e
crimes cometidos durante a ditadura, Bolsonaro tem uma longa história de apoio
ao regime. Desde sua época como deputado federal, ele fez declarações
controversas, chegando a afirmar em 1999 que a ditadura "matou
pouco". Em 2016, durante o golpe contra Dilma Rousseff, Bolsonaro dedicou
seu voto ao coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, conhecido torturador
durante o regime militar e apontado como o "pavor de Dilma Rousseff".
A investigação da PF se aprofunda nas ações de
Bolsonaro em torno das eleições presidenciais de 2022, examinando a tentativa
de golpe de Estado com o objetivo de manter Bolsonaro no poder. Em 8 de
fevereiro, a PF realizou operações para investigar os envolvidos nas tentativas
de subverter o Estado Democrático de Direito.
Fonte: Brasil 247
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