Permanecerão sob análise somente as questões ligadas aos juízes federais Gabriela Hardt e Danilo Pereira Júnior e aos desembargadores Loraci Flores e Carlos Eduardo Thompson
O CNJ não vai mais apreciar hoje a abertura de procedimento contra Sergio Moro devido à sua conduta na Lava-Jato, após o “pente-fino” feito por Luís Felipe Salomão, corregedor nacional de Justiça, na 13ª Vara Federal de Curitiba.
Salomão informou, conforme informações do jornalista Lauro Jardim, do Globo, ao colegiado que vai desmembrar os casos ligados à operação e retirar de pauta a parte ligada a Moro.
Permanecerão sob análise somente as questões ligadas aos juízes federais Gabriela Hardt e Danilo Pereira Júnior e aos desembargadores Loraci Flores e Carlos Eduardo Thompson. Os três foram afastados ontem por Salomão, cuja decisão está agora sob avaliação do CNJ.
Segundo Salomão, os magistrados descumpriram decisões do STF e violaram regras do cargo em julgamentos relacionados à Lava Jato.
Hardt foi afastada, após a homologação do acordo de leniência da Petrobras e de empreiteiras como a Odebrecht, que previa a destinação de recursos para fundação privada. A prática foi considerada por Salomão como a transformação da ideia de combate à corrupção “em uma espécie de ‘cash back’ para interesses privados”.
“Não se trata de pura atuação judicante, mas sim uma atividade que utiliza a jurisdição para outros interesses específicos, não apenas políticos (como restou notório), mas também – e inclusive – obtenção de recursos. Com efeito, a partir de diversas reclamações encontradas na Corregedoria Nacional de Justiça, promovidas em face dos ora reclamados e dos desembargadores que atuaram no feito”, apontou Salomão.
No caso dos desembargadores, pesou a acusação de terem desobedecido decisão do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF). Os magistrados afastados mantêm seus vencimentos.
Com informações de O Globo e do Metrópoles.
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