Em nota, o Exército evitou rotular os eventos de 31 de março como um golpe, destacando que eles são "um fato histórico enquadrado em uma conjuntura de 60 anos atrás"
Apesar das manifestações
populares repudiando a ditadura iniciada em 1964 no Brasil, o quartel em Juiz
de Fora (MG) de onde partiram as primeiras tropas para a execução do golpe
mantém sua reverência ao episódio histórico, com a conivência do Comando do Exército.
A decisão do Comando do Exército em não intervir na
homenagem ao dia 31 de março, data emblemática do golpe militar, foi noticiada pelo
jornal Estado de Minas. Em nota, o Exército evitou rotular os eventos como um
golpe, destacando que eles são "um fato histórico enquadrado em uma
conjuntura de 60 anos atrás".
"O Exército está focado no cumprimento da sua missão
constitucional e busca elevar a qualidade da execução das suas tarefas,
colimando seus esforços na modernização da Força e nos desafios do
futuro", afirmou o órgão. Os ministérios da Defesa e de Direitos Humanos e
Cidadania não se manifestaram sobre o caso.
A homenagem ao 31 de março é ostensivamente exibida na
antiga sede da 4ª Região Militar, agora ocupada pela 4ª Brigada de Infantaria
Leve de Montanha. A própria unidade se autodenomina "Brigada 31 de
Março", justificando o nome pelo "papel decisivo e corajoso na
eclosão da revolução democrática", terminologia ainda utilizada por alguns
setores militares para se referir ao golpe.
Fonte: Brasil 247 com informações do jornal Estado Minas
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