quarta-feira, 10 de abril de 2024

PT avalia acionar o CNJ contra relator do pedido de cassação de Sergio Moro

 

Possibilidade será debatida pela executiva do PT do Paraná, que também se prepara para recorrer da absolvição do senador e ex-juiz suspeito junto ao Tribunal Superior Eleitoral

Sergio Moro (à esq.) e Luciano Carrasco Falavinha
Sergio Moro (à esq.) e Luciano Carrasco Falavinha (Foto: ABr | Reprodução)

 

O PT do Paraná está considerando a possibilidade de abrir uma representação junto ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) contra o desembargador Luciano Carrasco Falavinha, relator do pedido de cassação do senador e ex-juiz suspeito Sergio Moro (União Brasil-PR) no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do estado. Segundo a coluna do jornalista Lauro Jardim, de O Globo, a opção será debatida pela executiva estadual do partido, que também se prepara para recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para contestar a absolvição de Moro.

O julgamento da cassação foi concluído na Corte estadual, nesta terça-feira (9), com cinco votos a favor do senador e dois contrários. O desembargador Falavinha foi o primeiro a votar, elaborando um parecer pela manutenção do mandato do senador e refutando as alegações de abusos de poder econômico e dos meios de comunicação, além do uso de caixa dois em sua pré-campanha eleitoral de 2022.

A reação contra a posição de Falavinha começou na semana passada, com a abertura do julgamento. Segundo a reportagem, “a avaliação entre quadros do PT no estado é de que o relator teria politizado o caso ao tecer críticas ao partido. Ele sugeriu que a sigla estava tentando impedir Moro de participar da vida política, o que incomodou filiados e repercutiu em conversas privadas no TRE paranaense”.

Apesar da intenção do PT local, observadores próximos a Falavinha veem poucas chances de que o CNJ acolha um pedido contra ele em relação ao caso de Moro. “Isso porque o tom duro dele nesse julgamento não teria sido uma exceção para prejudicar o partido, mas a regra de conduta do magistrado, conhecido pelo rigor”, ressalta Lauro Jardim.

Fonte: Brasil 247 com informações da coluna do jornalista Lauro Jardim, no jornal O Globo

 

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