Em 12 meses, a variação do IPCA-15 em abril foi de 3,77%, abaixo dos 4,14% nos 12 meses imediatamente anteriores
Por Roberto de Lira, Infomoney - O IPCA-15, prévia da inflação
oficial do país, voltou a desacelerar em abril, para 0,21%, após a variação de
0,36% observada em março, informou nesta sexta-feira (26) o Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em 12 meses, a variação do IPCA-15 em abril foi de 3,77%,
abaixo dos 4,14% nos 12 meses imediatamente anteriores.
Em abril de 2023, o IPCA-15 tinha sido de 0,57%.
Os dados de abril vieram abaixo do esperado pelo consenso
LSEG de analistas, que era de inflação mensal de 0,29% na comparação mensal e
de 3,86% em 12 meses.
O resultado do mês foi influenciado pelo grupo de Alimentação e
Bebidas, com alta de 0,61% e impacto de 0,13 ponto percentual no índice geral.
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, apenas
Transportes (-0,49%) registrou queda em abril. Depois de Alimentação e bebidas,
o maior impacto no indicador veio de Saúde e cuidados pessoais (0,78% e 0,10
p.p.). As demais variações ficaram entre o 0,03% de Artigos de residência e o
0,41% de Vestuário.
Alimentação - Dentro do
grupo Alimentação e bebidas, a alimentação no domicílio subiu 0,74% em abril,
com contribuições mais fortes das altas do tomate (17,87%), do alho (11,60%),
da cebola (11,31%), das frutas (2,59%) e do leite longa vida (1,96%).
Entre as quedas, destacaram-se a batata-inglesa (-8,72%) e
as carnes (-1,43%).
Já a alimentação fora do domicílio (0,25%) desacelerou em
relação ao mês de março (0,59%), em virtude da alta menos intensa da refeição
(de 0,76% em março para 0,07% em abril). O lanche (0,47%) teve variação
superior à registrada no mês anterior (0,19%).
Outros grupos - Em Saúde e cuidados pessoais, por sua vez a maior contribuição
(0,05 p.p.) veio dos produtos farmacêuticos (1,36%), após a autorização do
reajuste de até 4,50% nos preços dos medicamentos, a partir de 31 de março.
Além disso, o item plano de saúde (0,77%) segue incorporando as
frações mensais dos reajustes dos planos novos e antigos para o ciclo de 2023 a
2024.
No grupo Habitação, a alta da taxa de água e esgoto
(0,05%) foi influenciada pelo reajuste de 1,95% em Goiânia (0,90%), a partir de
1º de abril. Em energia elétrica residencial (-0,07%), houve reajustes de
3,84%, a partir de 15 de março, e de 2,76%, a partir de 19 de março, aplicados
nas duas concessionárias pesquisadas no Rio de Janeiro (2,34%).
No grupo Transportes, houve queda na
passagem aérea (-12,20% e -0,09 p.p.). Em relação aos combustíveis (-0,03%),
somente o etanol (0,87%) teve alta, enquanto o gás veicular (-0,97%), o óleo
diesel (-0,43%) e a gasolina (-0,11%) registraram queda nos preços.
Fonte: Brasil 247
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