sábado, 20 de abril de 2024

Pré-candidato, Beto Richa já elabora plano de governo e contrata equipe

 

Beto Richa (Crédito: Divulgação/Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

Nesta sexta-feira (19) pela manhã, o deputado federal e pré-candidato do PSDB à prefeitura, Beto Richa, teve uma reunião na sede do partido, em Curitiba, com um grupo que ele chama de “boas cabeças” para pensar a cidade. Gente que fez parte de sua equipe na gestão municipal, entre 2005 e 2010, planejadores urbanos ligados ao Ippuc e especialistas de diferentes áreas, para começar a preparar um plano de governo. Além disso, já está em processo de contratação de profissionais de marketing eleitoral e de uma assessoria jurídica para sua futura campanha.

Para quem ainda duvida de sua disposição a concorrer no pleito municipal deste ano, ele avisa: “minha pré-candidatura é para valer, sim”. As condições para concorrer, com pouco tempo na propaganda eleitoral gratuita e menos recursos, não o assustam. “A gente faz campanha com as condições que tem”, diz. Hoje, o PSDB é federado com o Cidadania, mas Richa ainda não desistiu de buscar novas alianças para fortalecer sua candidatura.


“Eu não estava pensando em me candidatar a prefeito até ver as pesquisas que me colocam em empate técnico com outros três pré-candidatos”, conta ele. Ele se refere às candidaturas de Eduardo Pimentel (PSD), Luciano Ducci (PSB) e Ney Leprevost (União), que apareceram em mais de uma sondagem com números bastante próximos.


E quando chegar a hora de pedir votos e se colocar como opção aos eleitores, Richa acredita que leva vantagem em relação aos demais. “Pretendo falar do meu trabalho, do que já realizei e do meu conhecimento da cidade. E nesses atributos eu levo vantagem. Tenho as credenciais para assumir novos compromissos.”


Richa vê gargalo na área social na gestão Greca

Um dos apelos da futura campanha de Richa deve ser o compromisso com um trabalho forte na área social. “Acho que esse é um dos gargalos da atual gestão”, diz. A área social, na sua visão, contempla um conjunto de ações que passam por habitação popular, ônibus de qualidade, atendimento aos mais vulneráveis e programas de melhoria de qualidade de vida. Richa cita o reconhecimento que Curitiba teve do Ipea (Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas) durante a sua gestão. “Com nossos programas, nós tivemos a maior redução de pobreza e miséria do Brasil”.


E para ajudá-lo a reforçar esse apelo social na futura campanha ele deve contar com a mulher, Fernanda Richa, que comandou essa área na prefeitura. Fernanda, que havia abandonado a vida política após as prisões do marido, em 2018 e 2019, nas operações Rádio Patrulha e Lava Jato, voltou a se filiar ao PSDB no começo do mês e está apta inclusive para ser eleita. “Ela ficou traumatizada, mas o tempo ajuda a amenizar. Está disposta a trabalhar comigo com a mesma intensidade”, garante Richa.


Todas as investigações contra Beto Richa em operações do Ministério Público do Paraná e da Operação Lava Jato acabaram arquivadas por determinação do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal. Em seu despacho, o ministro escreveu: “se revela incontestável o quadro de conluio processual entre acusação e defesa em detrimento de direitos fundamentais do ex-governador, como, por exemplo, o devido processo legal”.


Teve flerte com PL de Bolsonaro, mas seguiu pré-candidato pelo próprio PSDB.


Se hoje Richa, como pré-candidato, está conformado com as condições que lhe dá o PSDB, em março ele chegou a cogitar a possibilidade de fazer uma aliança ou mesmo a se filiar ao PL do ex-presidente Jair Bolsonaro. Até encontros em Brasília com o presidente da sigla, Valdemar da Costa Neto, e Bolsonaro, Richa teve. Mas houve reação do PSDB, que não iria permitir sua desfiliação com a manutenção do mandato, e dentro do próprio PL do Paraná, por parte do deputado estadual Ricardo Arruda, que pretendia ser o candidato do partido em Curitiba.


Para quem estranha essa aproximação com o PL, Richa responde que ele já tinha relações com as pessoas com quem tratou do assunto. “O Filipe Barros (atual líder da oposição na Câmara dos Deputados) foi do PSDB. O deputado Vermelho militou no PSDB desde os tempos do meu pai (José Richa, ex-governador, fundador do PSDB). O Giacobbo sempre me apoiou. E eu tenho uma excelente relação com o Valdemar da Costa Neto”.


Acabou prevalecendo o apelo do PSDB. Beto Richa teve um encontro com Aécio Neves, que lembrou a trajetória de José Richa, um dos fundadores do partido no grupo que incluía Mario Covas, José Serra e Fernando Henrique Cardoso. Disse que se Beto saísse do PSDB o partido sofreria um desmonte, insistindo na sua permanência. E ele acabou ficando no PSDB como pré-candidato em Curitiba.


E agora, diz Beto Richa, “tem muita gente vindo” para se somar novamente ao partido em torno de sua candidatura. E o PSDB tem, além de Curitiba, outros bons nomes concorrendo em cidades importantes, como Foz do Iguaçu, com Sâmis da Silva; Cascale, com Edgar Bueno; Ponta Grossa, com Jocelito Canto (que pode ser substituído pela filha); em Londrina, com Coronel Vila; e em Campo Mourão, com Douglas Fabrício. “Nós fatalmente iremos crescer”, garante.


Fonte: Bem Paraná com informações do blog da Martha Feldens

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