Uma das unidades da Pousada Garoa, em Porto Alegre — Foto: Reprodução/RBS TV
O incêndio que resultou na morte de 10 pessoas na madrugada de sexta-feira (26) em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, ocorreu em uma propriedade pertencente à rede conhecida como Pousada Garoa.
A RBS TV, afiliada à TV Globo, investigou outras pensões operadas pela empresa, revelando uma discrepância entre a apresentação online e a realidade dos quartos.
Embora o site da rede promova quartos simples, limpos e bem equipados a partir de R$ 550 mensais, as condições encontradas em algumas dessas propriedades são preocupantes.
Em uma pensão na Rua José do Patrocínio, por exemplo, os quartos são mobiliados com colchões velhos e um pequeno armário, enquanto o corredor exala um forte odor e está repleto de lixo.
Quarto de pousada da rede Garoa em Porto Alegre — Foto: Reprodução/RBS TV
Outra pousada Garoa, localizada na Rua Júlio de Castilhos, no Centro Histórico, cobra um preço mais alto de R$ 850 por quarto, mas ainda apresenta deficiências de segurança, como a falta de extintores de incêndio nos corredores, apesar da presença de suportes para esses equipamentos.
Embora a rede Garoa acolha pessoas em situação de vulnerabilidade social, com os custos de hospedagem financiados pelo governo, a unidade afetada pelo incêndio na Avenida Farrapos operava de forma irregular, de acordo com o Corpo de Bombeiros. A corporação confirmou que o local não possuía um Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndio (PPCI) protocolado.
Apesar disso, a Prefeitura de Porto Alegre afirmou que a documentação da empresa responsável pela pousada estava em conformidade com os requisitos municipais e que havia autorização para operar como hospedagem.
Fonte: DCM
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