Procurador-geral da República, Paulo Gonet vê ligação entre os dois casos e pediu novas diligências para ampliar a investigação
O procurador-geral da
República, Paulo Gonet, solicitou nesta terça-feira (23) ao Supremo Tribunal
Federal (STF) que determine a ampliação das investigações sobre a falsificação
de certificados de vacinação de Jair Bolsonaro (PL) e aliados. Para uma eventual
denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), Gonet requereu novas
diligências. Em março, a Polícia Federal indiciou Bolsonaro, o tenente-coronel
Mauro Cid e outras 15 pessoas por crimes como inserção de dados falsos no
sistema de informação e associação criminosa. Na época, o relatório da PF
apontou que a ordem para cometer a fraude partiu de Bolsonaro.
Segundo Ricardo Noblat, do Metrópoles, o pedido de Gonet visa
determinar se o grupo responsável pela falsificação dos certificados estava
planejando um golpe de Estado no Brasil para retornar ao país. A solicitação de
uma investigação mais detalhada tem por objetivo justamente reunir provas para
denunciar Bolsonaro ao Supremo Tribunal Federal (STF) também por tentativa de
golpe.
A inclusão do elemento "golpe de Estado" representaria
uma nova linha na investigação, correlacionando a falsificação do cartão de
vacina com os eventos que levaram ao 8 de janeiro de 2023. Ao correlacionar os
crimes, Gonet busca dar mais “peso” à gravidade dos delitos de Bolsonaro. Um
julgamento e uma virtual prisão do ex-mandatário seriam, no caso do cartão de
vacina, mais fracos no ponto de vista do debate público. O elemento do “golpe
de Estado” daria mais peso à decisão.
A PGR também espera receber da PF um novo pedido de
indiciamento de Bolsonaro e outros supostos criminosos no caso da venda de
joias nos Estados Unidos. A expectativa é que o caso vire uma denúncia ao STF
até meados de junho.
Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles
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